Caçula da equipe Unilever, a meio de rede Mara, que faz 20 anos no final deste mês, completou três anos como atleta do time. A mineira de Sabinópolis, de 1m88, e dona da medalha de bronze no Mundial Juvenil do México, em 2007, comemora o fato de ter amadurecido e ganhado experiência nesse tempo em que atua na equipe do técnico Bernardinho.
- Ainda me lembro de que cheguei morrendo de medo. Tudo era novidade. Estava saindo do juvenil e começando em uma equipe adulta. E ainda por cima com o Bernardo... Mas, aos poucos, fui descobrindo que ele é um paizão, uma pessoa divertida. Deixa todo mundo à vontade - garante.
Mara, que antes de se tornar jogadora nunca havia tocado na bola, foi convidada, por uma jogadora, para fazer um teste no Mackenzie por causa de sua altura. Sem nenhuma idéia do que era o esporte, a jogadora apareceu no teste de sandálias e vestido.
- Tenho certeza de que só fiquei porque era alta e não pela minha habilidade - diverte-se.
Após quatro anos no juvenil do Mackenzie, Mara se transferiu para o Fluminense, do rio. Depois disso, indicada pelo auxiliar técnico Hylmer Dias, foi para a equipe que marcou sua carreira, a Unilever.
- A Unilever foi meu primeiro time adulto, em que disputei minha primeira Superliga e conquistei meu primeiro título nacional. Hoje, respiro vôlei e, como toda jogadora, meu sonho é chegar à seleção adulta - diz Mara, que está terminando o segundo grau em um curso supletivo.
Além de estar evoluindo técnicamente, a atleta acredita também estar com o corpo mais forte e resistente, devido a forte estrutura de treinamento da equipe.
- Cheguei com uma lesão no ombro direito e tive um excelente tratamento. Em quadra, fazia coisas erradas, sem consciência. Fui corrigida em cada detalhe e sei que minha manchete e meu ataque melhoraram muito - avalia.
Por ser a caçula da equipe, Mara teve que se acostumar com algumas brincadeiras.
- Vira e mexe dizem que estou cheirando a leite - revela a jogadora, que, apesar da personalidade forte, aprendeu a dividir o apartamento com outras integrantes da Unilever.
- No começo, foi difícil. Mas aprendi a dar tempo ao tempo, sem atropelar as situações. Apesar de extrovertida, às vezes preciso ficar só. Felizmente, sempre houve muito respeito nestes três anos. Os momentos bons sempre superaram todas as dificuldades - finaliza.
Caçula da Unilever, Mara evolui em 3 anos de equipe
Dia 27/10/2015 22:03