Organização que já investe na ginástica artística feminina, tênis e luta olímpica, o Movimento LiveWright volta suas atenções agora para o ciclismo de pista. Na quinta-feira, no velódromo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, o grupo irá apresentar sua equipe de alto rendimento. O projeto é uma parceria com a Federação de Ciclismo do Rio de Janeiro (Fecierj) e conta com patrocínio e parceria técnica da Caloi.
Os representantes do LiveWright só vão se pronunciar oficialmente no evento de quinta, mas o LANCE! apurou que o investimento previsto para o primeiro ano do projeto gira em torno de R$ 3 milhões.
A equipe conta com 14 ciclistas, entre eles Davi Romeo e Leandro De Larmelina, e tem gestão técnica de Daniela Genovesi, campeã mundial de ultra maratonas de ciclismo, em novembro do ano passado.
No início do ano, avaliações médicas e esportivas foram feitas sob supervisão do treinador Simon Jones. Escolhido para preparar a estratégia da equipe, o britânico foi o responsável por levar ao topo os ciclistas do seu país nas Olimpíadas de Sydney-2000 e Atenas-2004. Ele virá outras vezes ao Brasil para acompanhar o desenvolvimento do trabalho.
No primeiro teste – o Campeonato Brasileiro, realizado em março, em Maringá (PR) –, os ciclistas do projeto conquistaram 10 medalhas (3 ouros, 4 pratas e 3 bronzes).
A base de treinos é o velódromo, enquanto o trabalho físico ocorre no Parque Aquático Maria Lenk, ao lado. As duas instalações integram o Centro de Treinamento do Time Brasil e são administradas pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Os equipamentos, tais como bicicletas, capacetes, uniformes e peças de reposição e reparo, foram cedidos pela Caloi. Além disso, a empresa custeará a compra de um carro e uma moto para transporte dos atletas em treinos e competições.
Os ciclistas moram em apartamentos alugados e mobiliados pelo LiveWright, próximo ao velódromo.
Movimento LiveWright:
O que é:
Organização privada sem fins lucrativos criada em 2008 pelo empresário do setor financeiro Roger Wright, morto em acidente aéreo em 2009.
Objetivo:
Fornecer capital e know-how gerencial para entidades de diversos esportes olímpicos para o desenvolvimento das modalidades com vistas à Rio-2016.
Financiamento e retorno:
O LiveWright é inteiramente financiado por corporações e indivíduos. O movimento oferece aos patrocinadores retorno de marketing, de incentivos fiscais e a chance de causar um impacto duradouro no esporte brasileiro.
Ginástica artística:
Em 2011, o movimento trouxe de volta o técnico ucraniano Oleg Ostapenko para trabalhar com atletas no Paraná.