Um time no meio da tabela, mas com espírito competitivo, de futebol exibicionista e ofensivo. Esse foi o Santos, comandado mais uma vez por Neymar, que marcou seu 73º gol com a camisa alvinegra – igualando-se a Giovanni, astro do clube na decisão de 1995.

– Voltou o espírito da Libertadores. Todo mundo marcando e se doando. Esse foi o time que ganhou a Libertadores – comemorou o atacante, na saída para o intervalo, quando o placar de 2 a 0 já estava definido.

Do outro lado, um time que poderia assumir a liderança da competição, mas que praticou durante 90 minutos um futebol burocrático. Isolado no centro e vendo Elkeson e Maicosuel bem marcados, o artilheiro Loco Abreu apareceu apenas quando encarou Rafael e reclamou da cera que o goleiro fazia no fim do primeiro tempo.

– O Loco sabe que é normal. Ele me cobrar também é. Ele falou: “Vocês são campeões da Libertadores, não precisam fazer isso.” Mas cada caso é um caso – defendeu-se Rafael.

O gol de Neymar, que abriu o marcador em Santos, foi mais uma bela pintura. Após arrancar pela esquerda, o camisa 11 entortou o garoto Bruno – substituto de Renato – e bateu de bico no canto de Jefferson.

– Foi um ótimo gol. À la Ronaldo – disse o destaque santista.

Colega de Seleção Brasileira de Jefferson, o atacante deu trabalho. O encontro aconteceu mais duas vezes. Na primeira, após cruzamento de Arouca, cabeceou e o goleiro pegou firme. Depois, na etapa final, recebeu passe de Rentería e bateu rente à trave, com estilo: de três dedos.

– Queremos vencer os jogos independentemente da posição das equipes. As outras torceram para o nosso time nesse jogo, então fizemos muita gente feliz. O Santos nunca vai entregar jogo nenhum – garantiu.

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