A primeira edição do SP Open já pode ser considerada um marco histórico para o tênis brasileiro. Realizado no Parque Villa-Lobos, o evento não apenas trouxe de volta um torneio WTA 250 para São Paulo após um hiato de 25 anos, mas também se consolidou como um sucesso absoluto de público, patrocínio e, principalmente, de emoção dentro e fora das quadras.
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Ao longo de nove dias, mais de 33 mil pessoas circularam pelo complexo, que contou com um Boulevard de 8 mil metros quadrados e stands de 38 marcas patrocinadoras, das quais 25 realizaram ativações, criando uma atmosfera vibrante de esporte e entretenimento.
— Estamos muito felizes com esta primeira edição. Criamos um espaço belíssimo onde reunimos atletas de altíssimo nível, um público muito animado, marcas fortes e boa gastronomia. O SP Open já caiu no gosto dos fãs do tênis — celebrou Alan Adler, CEO da IMM Esporte e Entretenimento, empresa organizadora do evento.
O sucesso foi compartilhado pela diretoria do torneio.
— A sensação de todos é a de que começamos muito bem a história do torneio. Queremos criar tradição e servir de inspiração para as jovens tenistas brasileiras — afirmou Marcia Casz, diretora do SP Open.
Luiz Carvalho, também diretor, complementou:
— É o renascimento do tênis feminino no Brasil. Seguimos nesta reconstrução e já estamos contando os dias para 2026.
Protagonismo brasileiro e emoção nas finais
O grande destaque da competição foi a forte presença das atletas brasileiras. Ao todo, 12 tenistas do país competiram entre as chaves de simples e duplas. Nomes como a jovem Nauhany "Naná" Silva, que se tornou a primeira tenista nascida em 2010 a vencer uma partida em um torneio deste nível, e Ana Candiotto, que também conquistou sua primeira vitória em um WTA, mostraram a força da nova geração. A número 1 do Brasil, Beatriz Haddad Maia, também brilhou, alcançando as quartas de final.
O ápice do protagonismo nacional veio na final de duplas, que teve três brasileiras em quadra. Em uma partida eletrizante, Luisa Stefani e a húngara Timea Babos superaram Ingrid Martins e Laura Pigossi por 2 sets a 1 (4/6, 6/3 e 10/4). A cerimônia de premiação foi um dos momentos mais emocionantes do torneio.
— Essa semana é muito mais que um título, é um passo gigantesco no caminho do futuro do tênis brasileiro. Foi um momento muito especial — declarou Luisa Stefani, visivelmente emocionada, celebrando a conquista ao lado de suas amigas e adversárias.
Na chave de simples, a jovem francesa Tiantsoa Rajaonah, de apenas 19 anos, protagonizou uma campanha meteórica. Vinda do 214º lugar no ranking, ela conquistou seu primeiro título de WTA ao derrotar Janice Tjen, da Indonésia, por 2 sets a 0 (6/3 e 6/4), saltando para a 131ª posição mundial.
Homenagens no SP Open a quem fez história
O SP Open também foi um palco para reverenciar as lendas do tênis feminino brasileiro. A Quadra Central foi batizada em homenagem a Maria Esther Bueno, maior nome da história do esporte no país, com direito a uma estátua exposta no complexo.
O evento também promoveu uma emocionante homenagem às ex-tenistas brasileiras que alcançaram o top 100 do ranking da WTA, como Niege Dias, Teliana Pereira e Patrícia Medrado, que foram ovacionadas pelo público.
Legado para a cidade de São Paulo
Além do sucesso esportivo e comercial, o SP Open deixa um legado concreto para São Paulo. As sete quadras de tênis do Parque Villa-Lobos foram completamente reformadas e, após a desmontagem da estrutura do evento, serão entregues para uso público e gratuito, fomentando a prática do esporte na cidade.
Com números expressivos, como a geração de 3.500 empregos, transmissão para cerca de 170 países e uma premiação total de US$ 275 mil, a primeira edição do SP Open provou ser muito mais que um torneio: foi uma celebração da força, da história e do futuro promissor do tênis feminino no Brasil.