A disputa pela camisa 9 da Seleção Brasileira segue em aberto. Na goleada por 5 a 0 na última sexta-feira (10) sobre a Coreia do Sul, Matheus Cunha foi o escolhido pelo técnico Carlo Ancelotti para iniciar entre os titulares. Diante do Japão nesta terça-feira (14), mesmo com Igor Jesus e Richarlison no grupo, a tendência é que o Brasil entre em campo sem um centroavante de ofício.
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O Lance! traz números que ajudam a entender o desempenho dos principais candidatos. Em análise comparativa entre Matheus Cunha, Richarlison, João Pedro (fora por lesão) e Pedro, único 9 com características de pivô, dados da última temporada mostram contrastes e similaridades nos desempenhos ofensivos e defensivos de cada atacante.
Entre os quatro, João Pedro se destaca nos duelos defensivos, com 67% de aproveitamento, à frente de Pedro (32%), Richarlison (29%) e Matheus Cunha (24%). Nas disputas aéreas, o atacante do Chelsea também lidera, com 58%, seguido por Richarlison (33%), Pedro (26%) e Cunha (18%).
Em termos de construção, os números são equilibrados: todos têm média de acerto de passe próxima a 75% e cerca de 50% a 54% de precisão em passes dentro da área.
No setor ofensivo, o desempenho muda de figura. Matheus Cunha finaliza, em média, quatro vezes por jogo e marca 0,5 gol a cada 90 minutos, desconsiderando cobranças de pênaltis. Pedro tem 3,2 finalizações por partida e média de 0,8 gols - o maior entre os analisados. João Pedro registra 0,2 e Richarlison, 0,4 gol.
Neymar é opção para o Brasil?
A definição sobre quem será o centroavante titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2026 passa também pela presença - ou não - de Neymar na equipe. Caso o camisa 10 atue como meia central ou segundo atacante, o ideal seria escalar um centroavante com maior mobilidade e capacidade defensiva para equilibrar o sistema de jogo.
— Tem um fator fundamental para mim em relação à Copa: Neymar jogará? Se Neymar jogar, será ali de ponta de lança, o cara do meio por dentro? O centroavante é fundamental para isso. Um centroavante de mais mobilidade, como o João Pedro e como o Matheus Cunha, que tenha uma performance defensiva melhor do que os outros dois que são centroavantes de referência, facilita o jogo do Neymar, dá mais liberdade, porque o Neymar vai depender da cobertura do centroavante e não tanto dos volantes — analisou o colunista do Lance! Gustavo Fogaça.
Na atual convocação, Matheus Cunha, Richarlison e Igor Jesus formam o grupo de centroavantes da Seleção Brasileira disponíveis para os amistosos com Coreia do Sul, vencido por 5 a 0 na última sexta-feira (10), e Japão, nesta terça (14). João Pedro se recupera de lesão, enquanto Pedro e Neymar ficaram fora da lista.
O Brasil ainda tem cinco amistosos antes da convocação final para a Copa do Mundo de 2026. Além da partida contra os japoneses, a Canarinho ainda enfrenta duas seleções africanas na Data Fifa de novembro, além de dois europeus em março do próximo ano. A CBF ainda irá anunciar os adversários.