Seleção Brasileira

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Folhas secas e muita saudade! Há 15 anos, morria o craque Didi

'Príncipe Etíope' e bicampeão mundial deixou como herança futebol refinado e passagens com títulos por Fluminense, Botafogo e Real Madrid

(Foto: AFP PHOTO / PHILIPPE HUGUEN)
Escrito por

O dia 12 de maio remete a muita nostalgia para os amantes do futebol. Há exatos 15 anos, Didi, que se consagrou com as camisas de Fluminense, Botafogo, Real Madrid e Seleção Brasileira encerrava sua carreira aqui na Terra, aos 72 anos, por complicações decorrentes de um câncer. Como lembrança, ficavam as "folhas secas" esparramadas em redes de adversários e o futebol elegante do "Príncipe Etíope", epíteto dado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues.

Após passagens por clubes como Americano, Lençoense-SP e Madureira, Didi desembarcou no Fluminense em 1949, onde começou a dar seus passos rumo à consagração, e começaram a notar seus passes e jogadas de trivela e de futebol refinado. Em sete anos no Tricolor das Laranjeiras, o meia ganharia o Campeonato Carioca de 1951 e a Copa Rio de 1952.

Porém, ainda faria bem mais aos olhos do país. Na noite de 16 de junho de 1950, entraria para a história do Maracanã, ao ser o primeiro jogador a balançar a rede do estádio, abrindo o placar para a Seleção Carioca. A vitória, porém, ficou com a Seleção Paulista, por 3 a 1. Vieram convocações para a Seleção Brasileira, até sua ida para a Copa de 1954 ser confirmada, mas, na "Batalha de Berna", o sonho do título não resistiu à força da Hungria liderada de Puskas. 

Em 1956, Didi mudou de clube, mas seguiu no Rio de Janeiro, para defender o Botafogo. Ao lado de Garrincha, Nilton Santos e Quarentinha, viria o Campeonato Carioca do ano seguinte, com um sonoro 6 a 2 sobre o Fluminense. Mas o marco ficaria ainda maior para sua carreira no ano seguinte.

Ao lado de nomes como Pelé, Garrincha, Vavá, Zito, Zagallo e uma constelação, Didi estava na Copa do Mundo de 1958. Com uma campanha irresistível (na qual marcou um dos gols da semifinal contra a França), o "Príncipe Etíope" fez parte da Seleção Brasileira que fez um país gritar "a taça do mundo é nossa". 

No ano seguinte, Didi partiria para a Europa. Com as cores do Real Madrid, o futebol se manteve refinado, e ganhou a atenção do Velho Continente, com a equipe que conquistou a Taça dos Campeões Europeus de 1959-60.

Porém, em 1960, sua volta ao Botafogo foi confirmada. Com a camisa alvinegra, ainda houve mais tempo para fazer história, conquistando os Estaduais de 1961 e 1962.

O ano de 1962 ainda reservaria um reencontro com a Copa do Mundo. Mesmo quatro anos mais velha e contando com Amarildo no lugar de Pelé, que se lesionou, a Seleção Brasileira da qual participou mais uma vez não decepcionou e, com um Garrincha que chamou a responsabilidade, garantiu a vitória por 3 a 1 sobre a Tchecoslováquia na decisão.

Ainda viriam passagens pelo Sporting Cristal (PER), Vera Cruz e uma despedida no São Paulo. Até que o futebol passou a ser visto à beira de campo.

Lançado como treinador no Sporting Cristal, Didi teve seu auge quando conduziu a seleção do Peru a uma inédita classificação à Copa do Mundo. Com a história equipe liderada por Cubillas, o "Príncipe Etíope" ajudou os peruanos a fazerem um duelo árduo contra o Brasil de Zagallo, mas não resistiram e caíram por 4 a 2.

Como técnico, ainda viriam passagens por clubes peruanos, pelo River Plate, São Paulo, Cruzeiro e pelo Botafogo. E as conquistas viriam em dois continentes: dois Campeonatos Turcos pelo Fenerbahçe, e o Campeonato Carioca de 1975 à frente do Fluminense.