Seleção Brasileira

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

L! Espresso: Não há festa, só negacionismo na Copa América no Brasil

Conmebol encontra o respaldo negacionista para colocar os negócios à frente das vidas

Brasil é anunciado como nova sede da Copa América (Foto: AFP)
Escrito por

É um absurdo, mas não surpreende diante dos envolvidos. Após as recusas de Colômbia e Argentina, o Brasil aceitou receber a Copa América, mesmo com quase duas mil mortes diárias por Covid no país, números novamente em alta e pouco mais de 10% da população imunizada com as duas doses da vacina.

Na manhã de ontem, a Conmebol anunciou de forma festiva a transferência do torneio mais antigo de seleções para o Brasil, fazendo agradecimentos à CBF e ao presidente Jair Bolsonaro.

Há ainda inúmeras questões abertas: como a entidade vai vacinar as seleções em solo brasileiro, onde a lei não permite a vacinação privada? O Campeonato Brasileiro continuará normalmente, mesmo com alguns estados recebendo o torneio? Haverá flexibilização para forçar o retorno do público aos estádios, o que já havia sido vetado na Argentina e na Colômbia?

O anúncio soa como zombaria, uma vez que o que está em jogo é apenas evitar prejuízo financeiro para a Conmebol. Não há nada que justifique a realização do torneio no continente onde apenas Chile e Uruguai têm maior controle sobre a pandemia.

Não é só um estorvo no já inchado calendário brasileiro, é também uma questão humanitária. Mas que no Brasil encontra o respaldo negacionista necessário para, mais uma vez, inverter as prioridades e colocar os negócios à frente das vidas.

O LANCE! Espresso é uma newsletter gratuita que chega de manhã ao seu e-mail, de segunda a sexta. A marca registrada do jornalismo do LANCE!, com análises de Fabio Chiorino e Rodrigo Borges. Clique aqui e inscreva-se.