A lista da última convocação do ano da Seleção Brasileira chamou a atenção mais por uma ausência do que pelos convocados. Na relação anunciada por Tite não estava Vinicius Junior, o brasileiro em melhor momento no futebol europeu.
O atacante do Real Madrid vinha sendo chamado para as partidas das Eliminatórias, mas quase sempre permanecia no banco ou ganhava poucos minutos em campo.
A última vitória, contra o Uruguai, mostrou a importância de jogadores de drible, de muita movimentação, para não só agredir os adversários, como também ampliar o leque de criação de jogadas e não afunilar toda a estratégia mirando apenas Neymar. Daí surgiu Raphinha, o grande destaque nos últimos compromissos da Seleção, pinçado do Leeds United e ainda pouco conhecido pelo torcedor que só acompanha o futebol nacional.
Vini Jr. não é um gênio consolidado, mas sua evolução, ano após ano, é consistente o bastante para estar no grupo final que vai ao Qatar. Hoje, é a peça fundamental da engrenagem de um dos times mais poderosos do mundo, então a escolha de Tite naturalmente será contestada.
Na longa busca por novos protagonistas, Tite demorou para renovar o seu grupo de confiança. Ainda há tempo para mexer nas peças, mas será necessário abdicar de algumas convicções que perdem força quando a realidade bate à porta.
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