Éder Militão perdeu praticamente metade do atual ciclo para a Copa do Mundo por causa de duas lesões graves — ele passou por duas cirurgias de reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho direito. O zagueiro do Real Madrid voltou a atuar nesta temporada e foi convocado pela primeira vez por Carlo Ancelotti agora, para os amistosos com Coréia do Sul e Japão. Nesta quarta-feira (8), o defensor recordou o período afastado e disse que cogitou encerrar a carreira.
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— Foram dois anos difíceis, de duas lesões muito complicadas, e acaba que na segunda você encara de outra forma, você já sabe o processo. Ms não é uma coisa fácil de lidar. Tem que estar muito ligado à família, com Deus, porque é uma coisa que tira você da sua rotina, que você está acostumado a fazer, de levantar cedo, treinar, e daqui a pouco você tem que ficar dentro de casa, dependendo de uma ajuda, de alguém fazendo alguma coisa pra você. Mas graças a Deus eu consegui recuperar bem dessas duas lesões, e graças a Deus eu consegui voltar com um grande nível, o que não é fácil — declarou Militão, em entrevista concedida em Seul antes do treino da tarde (madrugada no Brasil)..
— Na minha segunda lesão passaram muitas coisas pela minha cabeça, pensei em parar de jogar bola, porque não é uma coisa fácil. Mas com ajuda da minha esposa, da minha família, da minha filha, dos meus companheiros, graças a Deus hoje estou aqui voltando a jogar bem.
Agora, o zagueiro do Real Madrid diz que precisa recuperar o tempo perdido para garantir uma vaga na Copa do Mundo do ano que vem.
— Vou ter, sim, que correr atrás desse espaço, brigar, porque temos ótimos jogadores, ótimos zagueiros. Vou ter que brigar por essa vaga. O Ancelotti deixou bem claro que as pessoas que jogam vão ter que estar bem fisicamente, vão ter que estar 100%, e vai depender de mim. Se eu estiver bem no dia-a-dia, bem no meu clube,eu vou conseguir corresponder com as coisas que ele quer.
Outros pontos da entrevista de Éder Militão pela Seleção Brasileira
Momento da Seleção Brasileira
— Acho que a Seleção Brasileira já vinha melhorando. Independente dos resultados, com cada passagem de treinadores houve uma evolução. Com o Ancelotti a gente vai aprender bastante. É um treinador com outra mentalidade, só tem a acrescentar bastante pra gente.
Estilo Ancelotti
— Por tudo o que já ganhou, ele consegue administrar bem o vestiário. Ele é um companheiro dentro e fora de campo. Ele deixa as pessoas com a sensação de importância dentro do grupo, quem está jogando, quem não está. Até pela vivência dos grandes clubes por onde ele passou ele consegue administrar bem isso.
— Sei que é uma pessoa que vai exigir bastante da gente, que vai querer tirar o máximo da gente. Depende da gente encarar bem, entender bem o que ele pede e conseguir colocar isso em prática. Nos jogos que a gente teve já deu pra ver um pouco do que ele pede.
Convivência com o técnico
— A convivência que já tive com ele, e hoje tendo ele aqui na Seleção, claro que acaba ajudando um pouco. Eu converso bastante com ele, e acho que é uma pessoa que tem a agregar não só pra mim, mas para todos da Seleção. É uma pessoa muito incrível, a grandeza por tudo o que já tem conquistado já como treinador
Zagueiro ou lateral?
— Hoje eu sou zagueiro, eu jogo de zagueiro. Tive algumas passagens (como lateral), como eu joguei no São Paulo, no Porto, até mesmo na Copa do Mundo (de 2022) como lateral. Não tenho problema de jogar ali. Acho que o importante é estar aí no meio, poder jogar. Independente de onde jogar, vou dar meu máximo.
— Estou aí pra agregar, seja de zagueiro ou lateral. O importante é estar jogando