Após a eliminação do Brasil na última Copa do Mundo e a consequente saída de Tite, a Seleção Brasileira passou por uma renovação, que teve Ramón Menezes e Fernando Diniz como interinos, e Dorival Júnior, no comando da equipe. Assim, a Canarinho, aos poucos, deixou de priorizar quem esteve no Mundial de 2022.
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Nomes experientes perderam protagonismo. Entre eles, Casemiro chegou a ser preterido em algumas convocações, enquanto Fabinho sequer figurou nas listas. A virada aconteceu com Ancelotti. O técnico, adepto de um sistema que prevê um volante fixo à frente da zaga. Justamente a maneira que Casemiro mais gosta de atuar. E depois da Copa do Mundo, nas vezes em que jogou pela Seleção, o camisa 5 teve de "dividir" o setor com outro volante, Bruno Guimarães.
O treinador conhece Casemiro desde 2013, quando o comandou no Real Madrid, e não hesitou em restituí-lo ao seu papel mais natural: o de protetor de defesa e organizador do primeiro passe.
Casemiro, aliás, foi determinante para o retorno de Fabinho. Em coletiva de imprensa, o capitão da Seleção apontou o volante do Al-Ittihad como o jogador que mais se aproxima de seu perfil dentro de campo. A indicação foi suficiente para encerrar o hiato de quase três anos sem convocações para o ex-jogador do Liverpool.
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Fabinho, que vive boa fase na Arábia Saudita, soma 13 partidas na temporada 2025/26, todas como titular, com um gol e duas assistências. Suas estatísticas impressionam: 93% de acerto nos passes, 74% nas bolas longas, 61% de eficiência nos duelos e médias de 2,1 desarmes e 4,1 bolas recuperadas por jogo.
Casemiro, por outro lado, segue sendo o pilar de marcação do Manchester United. Em dez jogos, nove deles como titular, soma três gols e uma assistência, com 83% de acerto nos passes e médias de 2,2 desarmes e 3,9 bolas recuperadas por partida. Na Seleção, o volante mantém índices elevados: 85% de passes certos, 6,9 bolas recuperadas por confronto e 53% de eficiência nos duelos. Desde a Copa do Mundo, disputou 11 partidas, aperfeiçoando ainda mais a distribuição de jogo, com 86% de precisão nos passes e uma assistência.
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Homem de confiança de Ancelotti, Casemiro voltou a exercer papel de liderança no grupo. Após a derrota para o Japão, na data Fifa anterior, o volante foi direto ao avaliar o momento do Brasil. — A Copa do Mundo está aí. No alto nível, 45 minutos podem custar um sonho de infância — alertou o volante.
O Brasil enfrenta o Senegal no próximo sábado (15), às 13h (de Brasília), no Emirates Stadium, em Londres. Três dias depois, encara a Tunísia, às 16h30 (de Brasília), no Decathlon Stadium, em Lille, na França. Além de encerrar a temporada 2025 da Seleção, os confrontos servem como etapa de observação no planejamento do Brasil para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá.