Rodrygo está de volta à Seleção Brasileira para os amistosos diante de Coreia do Sul e Japão, marcando seu retorno às listas de convocação sob o comando de Carlo Ancelotti após ter ficado de fora das duas primeiras convocações por questões pessoais e de saúde mental. O atacante do Real Madrid foi titular frequente nas passagens de Fernando Diniz e Dorival Júnior, mas passou por um período afastado no clube espanhol para recuperar a confiança e o bem-estar psicológico.

— Com certeza, eu evoluí em tudo na minha vida. Sou uma outra pessoa pelo momento que eu passei. Não gosto de falar muito sobre o tema, acho que não vem ao caso. O importante é que estou bem, estou recuperado, agradeço a quem me ajudou no período. Me sinto uma nova pessoa, uma pessoa melhor, um jogador melhor, espero mostrar isso dentro de campo pela Seleção, na temporada, e o que importa é que estou feliz, estou bem mentalmente, e é isso que eu posso dizer — afirmou o atacante.

Ao comentar seu retorno, Rodrygo ressaltou que sente a equipe mais respeitada sob o comando do técnico italiano e que a desconfiança externa pode ser um trunfo para a reconstrução do grupo. O jogador lembrou que o Brasil tinha um elenco forte em 2022 e acredita que o novo ciclo pode tirar proveito do momento atual. A delegação brasileira ainda enfrenta dificuldades logísticas, com a chegada dos convocados prevista para completar o grupo apenas na quarta-feira, foco do primeiro treinamento coletivo.

— Alegria, sem dúvidas, é uma palavra-chave. O Ancelotti é muito alegre, é bom de vestiário e essa é das principais características. Uma das primeiras coisas que ele me falou é que o ambiente aqui é muito bom. Essa alegria vai fazer a diferença para corrermos por ele e darmos o melhor — analisou Rodrygo, que completou: — Quando você está em campo, olha para fora e vê o Ancelotti, tem um peso diferente. Até para os adversários, o pessoal respeita um pouco mais, passa uma credibilidade maior. Eu vou sempre rasgar elogios, é um cara que me fez crescer.

Polivalente, o atacante evitou eleger qual posição do ataque mais prefere

— Não falei com o Ancelotti sobre posição. A gente conversou mais sobre a vida, de como estava, de como estava no clube. Acredito que hoje a gente deva conversar, saber alguma coisa, mas acho que o meu papel é só me colocar à disposição, como eu sempre fiz, acho que todo mundo sabe todas as posições que eu posso jogar, então no que ele precisar eu estaria à disposição e tentar entregar meu melhor — explicou.

Os amistosos acontecem na Ásia: a Seleção enfrenta a Coreia do Sul na próxima sexta-feira, às 8h (de Brasília), no Seoul World Cup Stadium, e permanece em Seul até domingo, antes do embarque para Tóquio, onde encara o Japão na terça-feira, dia 14. A lista de Ancelotti privilegiou atletas que atuam no futebol europeu, visando minimizar desgaste e facilitar adaptação ao fuso horário.

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