"Meu pai falava muito do Pelé”. Foi assim que o novo técnico do Santos, Juan Pablo Vojvoda, abriu a coletiva de imprensa de sua apresentação nesta terça-feira (26), na Vila Belmiro.
O argentino comandou o primeiro treino no CT Rei Pelé ainda nesta tarde. Em seu primeiro contato oficial com a imprensa, exaltou a grandeza do clube e destacou que tem consciência da necessidade de conquistar uma vitória já no próximo domingo (31), quando o Peixe enfrenta o Fluminense, às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro.
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Com contrato até o fim do ano que vem com o Santos, o técnico Juan Pablo Vojvoda comentou sobre a situação do atacante Guilherme, que pediu para não ser relacionado no último jogo após entrar em conflito com parte da torcida.
— Averiguei muito sobre o que aconteceu. É uma situação que não ocorre apenas em Santos. Ele está afetado, é humano. É um profissional que pode entregar rendimento. Acompanhei a Série B e o Campeonato Paulista, assisti aos jogos em que Guilherme esteve em campo. Todos passam por esses momentos. Ele precisa ser forte. Tem resiliência e sabe a responsabilidade de estar neste clube. A repercussão quando as coisas vão bem é enorme. O Brasil inteiro falou dele no Paulistão. Mas, neste momento, em que o time não vive uma boa fase, o torcedor se move pela paixão. O futebol é isso — declarou Vojvoda.
Artilheiro do Peixe na temporada, com 14 gols, Guilherme é contestado pelo baixo rendimento desde o fim do Campeonato Paulista.
Guilherme e Escobar já acumularam uma passagem pelo Fortaleza em 2023, período em que foram comandados por Juan Pablo Vojvoda. Agora no Santos, o técnico comentou sobre a expectativa de contar novamente com os dois jogadores no elenco.
— Sempre que um atleta já trabalhou com o treinador, isso ajuda. Eles trabalharam comigo e, muitas vezes, nos primeiros dias ou meses, dão suporte. Muito se fala sobre a importância da palavra do técnico, mas, em algumas situações, a palavra de um jogador para outro é tão ou até mais relevante. Quando todos estão em igualdade de condições, isso faz diferença. São dois jogadores em quem confio e vou buscar extrair o melhor rendimento. Isso não significa que serão titulares no domingo. Eles já me conhecem. Às vezes jogam uma partida, e na seguinte a estratégia é diferente. Pode ser necessário que comecem jogando ou entrem para fechar o jogo — explicou Vojvoda.
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Outras questões:
O novo técnico do Santos também comentou sobre a tradição do clube em revelar jovens talentos e destacou que pretende utilizar jogadores da base, mesmo com a intenção de buscar reforços no mercado nesta janela de transferências.
— Historicamente, o Santos é a base. Aqui, meninos jogam com 17 ou 18 anos, e isso é a essência do clube. Em outros lugares, eles passam por outro processo, muitas vezes só aos 21. No Santos, esse processo já está pronto. O futebol tem coisas inexplicáveis. Vocês provavelmente têm uma resposta melhor do que eu: o que faz o Santos ser diferente dos demais? Também gosto do equilíbrio, de saber o momento certo. Os garotos também responderam em momentos difíceis — afirmou Vojvoda.
O treinador ressaltou ainda que não cabe a ele impedir negociações envolvendo jovens jogadores, como no caso do atacante Luca Meirelles, de apenas 18 anos. O atleta, que estreou no profissional no ano passado, recebeu recentemente uma proposta de R$ 12 milhões do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.
— Não tive a oportunidade de trabalhar com ele. Costumo acompanhar o Sub-20, mas não o conheço pessoalmente, embora tenham me falado bem. Mas essa é uma decisão que não cabe a mim — disse.
A estreia de Vojvoda no comando do Santos será no próximo domingo (31), diante do Fluminense, às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro.