Após vitória do Flamengo sobre o Sport por 3 a 0, o lateral Guillermo Varela concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (3), no Ninho do Urubu. O uruguaio foi reserva no jogo do Brasileirão - Emerson Royal jogou os 90 minutos e acréscimos - depois de ser titular no duelo com o Racing que garantiu a classificação à final da Libertadores. O defensor agradeceu ao técnico Filipe Luís por ter contribuído para a sua adaptação ao futebol brasileiro.

— Bom, cheguei em 2022, foi difícil no começo. (A lateral-direita) tinha Rodinei e Matheuzinho, cheguei em setembro, tive dificuldades para jogar. Depois, sofri aquele processo de adaptação, mas agora, com a chegada do Filipe, consegui fazer esse trabalho que vinha fazendo nos outros times, consegui me achar no campo. Me sinto mais confortável e seguro com a maneira que jogamos agora. O jogador sempre quer jogar, mas todos querem, isso é normal. Eu entendo o meu sacrifício e dos meus companheiros. Se tiver que jogar, vou ficar feliz. Se não, vou apoiar. É um time. Se vão bem, eu vou também. O que quero é conquistar títulos com essa camisa, jogando e apoiando os companheiros — disse.

Assista à íntegra da entrevista coletiva abaixo.

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Varela não se mostrou incomodado com a disputa por posição com Emerson Royal: pelo contrário, o uruguaio ainda ressaltou a importância de o elenco ter duas opções para a posição.

— Não há muita diferença (de qualidade) entre mim e Royal, Filipe sabe disso e pode manejar a carga dos dois bem, dá para descansar e jogar. Os laterais têm desgaste muito grande: têm que ir à linha de fundo e defender. É difícil jogar aqui no Brasil a cada dois, três dias e estar bem fisicamente. Filipe consegue administrar essa carga. E fisicamente vamos chegar desgastados a dezembro, tivemos o Mundial no meio do ano, foi difícil para a gente e para os europeus. Mas temos que nos ajustar da melhor forma porque são finais muito importantes para o Flamengo e queremos chegar bem — completou.

Guillermo Varela em entrevista coletiva no Ninho do Urubu (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Outras respostas de Varela, lateral do Flamengo

Final da Libertadores contra o Palmeiras

— A LDU seria melhor para a gente, assim como o Racing seria melhor para eles (Palmeiras). Mas, o Flamengo tem algumas coisas pendentes daquela final no Uruguai. Vai ser uma final muito dura, mas com cabeça que podemos ganhar essa final. Dois times de grande qualidade, grandes jogadores, dois bons treinadores que sabem o que querem jogar. Então, posso te falar que o dia 29 (de novembro) vai ser uma grande final de futebol e vai ser um grande jogo. Como te falei, dois times muito bons. Então, a disputa, lógico, é com eles, e o Brasileirão ainda falta muito. Também tem um Cruzeiro que vem muito perto. Então, até o dia 29 temos muitos jogos. Temos que focar no Brasileirão para depois chegar muito bem. Eu acho que também depende do Brasileirão como a gente vai na final.

Retorno de lesão

— Sim, eu tive que parar um tempo porque tinha lesão no púbis. Por isso não fui para a Data Fifa. Depois voltei e trabalhei de forma separada, pois não estava 100% preparado. Por isso Filipe fez outra escolha. Depois voltei ao time e agora depende do Filipe quem joga, depende do jogo, ele vai escolher.

Todo jogo contra o Flamengo é uma final

— Quando vamos jogar fora, como contra o Fortaleza que está na zona de rebaixamento, você vê o nível de concentração grande. Cada adversário joga contra o Flamengo como se fosse uma final. É muito difícil para a gente também, porque vínhamos de grandes jogos, como contra o Palmeiras e o Racing, é normal que baixe um pouco a guarda. Mas aí você vê o nível de concentração dos caras, é difícil. Emocionalmente, tem que estar preparado.

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Chegada de Carrascal

— Cada vez que chega um que fala espanhol é mais fácil (de se adaptar). Já enfrentei o Carrascal na Rússia, sabia da sua qualidade e que era só ter oportunidade para mostrar a qualidade, que já mostrou. A adaptação dele foi fácil, porque muitos jogadores falam a mesma língua.

Amizade com uruguaios do elenco

— Sim, nós somos muito amigos, muitos anos juntos na seleção e agora aqui no Flamengo. É muito legal. Nós sempre nos juntamos para tomar mate, comer churrasco e nos apoiamos quando precisamos. Mati (Viña) e Nico (De La Cruz) tiveram problemas: Nico com lesão, Viña com dificuldade de jogar por termos três laterais-esquerdos (Alex Sandro e Ayrton Lucas). Mas outro dia era o Cebolinha que estava há muito tempo sem jogar e conseguiu jogar muito bem. Todos têm que estar preparados e estamos sempre nos apoiando.

Sonho de jogar no Flamengo

— Primeiramente, para mim, chegar ao Flamengo é um sonho. A verdade é que estar aqui no dia a dia, com jogadores de tanta qualidade, é um sonho realizado. E ter a possibilidade de jogar uma final de Libertadores não é pouca coisa, poucos jogam uma final. Estou muito feliz, aproveitando cada dia no CT. E se Deus quiser vamos ser campeões da Libertadores.

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