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Protesto, choro e briga em casa: Deyverson ‘apaga’ tudo e festeja gols

Atacante comemora os dois gols marcados contra o Flamengo, conta que vinha tendo discussões com a esposa e revela que cobrança da torcida o fez chorar

Deyverson festeja um de seus gols contra o Flamengo - FOTO: Cesar Greco
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Deyverson classificou a vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo, neste domingo, como seu jogo "mais saboroso" pelo Palmeiras. Antes de marcar os dois gols, o atacante passou por maus bocados: chorou com a cobrança da torcida, que chegou a pedir sua demissão em protesto na frente da Academia de Futebol antes da partida, e viveu uma crise com a esposa.

- Se eu disser para você que não fiquei triste e que não chorei, será mentira. Eu chorei, realmente, porque são cobranças fortes que você ouve, mas o torcedor tem direito de cobrar. Eu respeito, porque o torcedor é de carne e osso também. O que não admito é agressão. Respeito a cobrança, podem me xingar, podem falar o que quiser, mas não toca a mão em mim. O respeito é a melhor coisa que tem. Falar, pode falar o que quiser, porque vai entrar em um ouvido e sair no outro - disse o camisa 16, que relatou momentos tensos durante a manifestação de domingo:

- É normal a cobrança da torcida. Não é normal quando passa dos limites. Ontem teve uma cena que chateou todos os jogadores. Um torcedor acho que jogou uma pedra e bateu no vidro. Os estilhaços bateram na nutricionista, bateram no Jailson e no Keno. Na van também, quase cegou o nosso fotógrafo, porque pegou um estilhaço no olho dele. A gente fica chateado, porque todos nós temos família, somos seres humanos, alguns têm filhos. Enfim, acho que a cobrança é normal e todo clube passa por isso. Eu estive na Europa, e o Barcelona, o Real Madrid e o Alavés passam por cobrança também. A cobrança vem para você melhorar, e eu tiro isso como um aprendizado na minha vida.

Deyverson poderia ter rebatido as críticas da torcida após marcar os seus gols no domingo, mas preferiu olhar para o camarote onde estava sua esposa e fazer um coração com as mãos. Um símbolo de que os problemas que o jogador vinha tendo fora de campo estão resolvidos.

- Como eu sempre falei, todo mundo passa por momentos difíceis na vida. E todo casamento tem discussão. Eu passei por momentos difíceis com ela, mas graças a Deus está tudo bem. Antes de vir para o treino, a gente estava conversando e lembrando dos momentos bons, porque no começo tudo é bom, tudo bonito. Depois você vai conhecendo a pessoa melhor. A gente viveu cinco anos juntos na Europa sozinhos, e viver a dois é diferente de morar na rua do lado. Mas graças a Deus nosso casamento está blindado. Briga vai acontecer, mas agora com mais cabeça - festejou o jogador.

Gols, vitória, paz com a esposa... Tudo resolvido? Não. Na saída do Allianz Parque, Deyverson teve de driblar mais um problema. Ele explicou nesta segunda-feira o motivo de ter passado depressa pela zona mista da arena:

- Minha coletiva é sempre a mais engraçada, porque eu sempre tenho alguma coisa para apimentar a conversa (risos). Eu estava cansado ontem e não passei na zona mista por isso. Quando a gente está desgastado, tem uma vontade de vomitar. Eu estava cansado, com vontade de vomitar, então eu quis passar rápido. Eu não poderia passar direto por respeito a vocês, mas passei rapidinho - contou.

Deyverson, 26 anos, ainda tem contrato com o Palmeiras até junho de 2022. Ele foi contratado no meio desta temporada por R$ 18 milhões e vinha sendo criticado, pela torcida e por conselheiros, por ter marcado poucos gols e por não ter se firmado como titular. Agora são cinco bolas na rede em 17 partidas.