A conta chegou. No seu limite físico e emocional, numa sucessão insana de decisões em meio a um calendário impactado pela pandemia, o Palmeiras foi a Brasília tentar duas taças novas - Supercopa e Recopa - e voltará para casa sem nenhuma.
No jogo de ontem, que só terminou nesta quinta-feira, com direito a gol do Defensa y Justicia nos acréscimos do segundo tempo, prorrogação e penalidades, o Palmeiras sucumbiu por alguns fatores: nervosismo e falta de perna e objetividade para matar a partida quando ela ainda estava em suas mãos.
Sebastián Beccacece, que chegou para o lugar de Hernán Crespo, manteve o bom nível do time argentino, que ataca com velocidade, gira bem a bola e, como é comum aos clubes de lá, não desiste nunca.
O Palmeiras ficou sem as cerejas do bolo após uma temporada mágica, mas o cenário ainda é bastante positivo. Só que a régua passa e o saldo sempre é zerado em algum momento.
Abel Ferreira, que vem reiterando a necessidade de reforços, não terá muito tempo para reorganizar as forças. Amanhã, tem clássico contra o São Paulo pelo Paulistão. Na semana que vem, o Verdão já estreia pela Libertadores, em um grupo bastante equilibrado. Até mesmo os ótimos jovens do elenco dão sinais de esgotamento e a agenda reserva mais um ano sem respiro.
Há espaço para evolução com o time atual, mas está claro que o cobertor não é tão comprido quanto se imaginou. O torcedor vai ficar de cabeça quente pela perda de dois títulos em quatro dias, mas precisa acreditar que a magia deste Palmeiras ainda está longe do fim.
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Dia 15/04/2021 01:09
Atualizado em 15/04/2021 07:10