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ANÁLISE: Palmeiras se mantém favorito ao título, mas precisa recuperar ‘cabeça fria’ em reta final

Verdão acumula oito pontos de vantagem para o segundo colocado na tabela, mas deve pensar em novas estratégias e voltar à tranquilidade para garantir a taça

Palmeiras precisa recuperar 'cabeça fria' para conquistar o título antecipadamente (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
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No último domingo, o Palmeiras recebeu o São Paulo, pelo Brasileirão, e ficou só no empate sem gols. O resultado refletiu uma falta de calma por parte do Verdão que, mesmo terminando a partida com dois jogadores a mais, não conseguiu sair com a vitória em mais uma das poucas “finais” restantes para a equipe.

> ATUAÇÕES: Scarpa vai bem, mas perde pênalti em empate do Palmeiras

O time comandado por Abel Ferreira, no geral, fez um jogo de mais criações que a equipe são-paulina. Em um certo momento, a tônica era ataque alviverde contra defesa tricolor, que ficou com um a menos ainda na primeira etapa, e depois perdeu mais um, colaborando para o enredo da partida. O problema é que o Verdão não conseguia encontrar alternativas para estufar as redes.

A ausência de Rony, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, foi sentida principalmente quando o time procurava achar espaços pelas beiradas do gramado contra uma linha de três defensores adversários que, sem a bola, se tornava uma linha de cinco. Mayke e Dudu até tentaram fazer esse tipo de infiltrações, mas não tiveram nenhuma brecha.

Danilo, Zé Rafael e Gustavo Scarpa formaram um meio-campo compacto, de bastante troca de passes e tentativas de transições com o ataque. O problema é que, em uma estratégia de impor um ritmo de jogo e correr mais riscos, por se tratar da equipe mandante, diversos espaços foram cedidos ao time de Rogério Ceni, que chegou a criar chances claras de gol em cima de erros palmeirenses.

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A eliminação para o rival na Copa do Brasil com um erro claro da arbitragem, que não traçou a linha de impedimento do VAR no lance que originou o gol do São Paulo, levando a decisão da vaga para os pênaltis, ainda estava nitidamente “engasgada”. Não só a torcida, como parte do time palmeirense, expressava claramente suas indignações com o dono do apito fazendo com que o jogo ficasse ainda mais tenso.

Abel Ferreira recebeu um cartão amarelo e esbravejou na beira do gramado, assim como o time inteiro do Palmeiras levantou do banco de reservas questionando um possível pênalti não marcado em cima de Dudu, ilustrando bem a relação do clube com a autoridade dentro de campo naquele momento. Talvez isso tenha atrapalhado um pouco o andamento da partida. Os nervos à flor da pele tomaram conta e o Verdão não conseguiu fazer aquilo que o fez estar na liderança do campeonato com oito pontos de vantagem para o segundo colocado.

Faltou mais calma, mais “cabeça fria” e, principalmente, mais capricho na hora de matar o jogo. Merentiel não conseguiu alcançar a bola em algumas jogadas importantes, cruzamentos de Scarpa pararam na defesa adversária, e nem mesmo o garoto Endrick, descansado e jovem, conseguiu “costurar” o campo rival para levar algum perigo claro ao goleiro Felipe Alves. Flaco López teve a chance, mas se enrolou e agora precisa contar – novamente – com a paciência de uma torcida ansiosa pelo título.

Gustavo Scarpa ainda perdeu um pênalti, coisa que não costuma fazer. Isso só evidenciou o nervosismo palmeirense no ataque. Mesmo com o lateral-direito Mayke mais uma vez como ponta direita, com Marcos Rocha completando a saída de três e Piquerez mais livre para avançar no campo e se aproximar de Dudu no corredor esquerdo, o método de contra-ataque são-paulino dificultou a variação que vinha dando certo.

Dono do melhor ataque da competição, com 53 gols marcados, e da melhor defesa, com apenas 21 sofridos, o Palmeiras precisa voltar a colocar as estatísticas em prática para que adversários não se aproximem e a taça seja garantida. Vindo de dois empates, o time de Abel deve começar a pensar apenas na vitória nos últimos seis jogos do Brasileirão, que não deve escapar facilmente das mãos palestrinas.