ATLANTIC CITY (EUA) — Se dependesse de Agustín Rossi, o Flamengo passaria pelo Mundial de Clubes sem disputa nas penalidades. Em entrevista coletiva antes do treino deste sábado (14), em Atlantic City (EUA), o goleiro foi questionado sobre a fama de pegador de pênaltis e afirmou que torce para não ser necessário entrar em ação. Contudo, disse ter confiança no momento decisivo.
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— Primeiro, eu acho que ninguém quer chegar às disputas de pênalti. Nem eu, nem ninguém vai querer que eu tenha que pegar um pênalti no jogo, e menos ainda chegar na disputa de pênaltis. Obviamente, sabemos que nessa competição pode acontecer. Mas eu, pessoalmente, nesse sentido, tenho confiança se acontecer, mas a gente tem que fazer um grande jogo para tentar não chegar nesse momento — declarou o argentino.
Rossi seguiu, comentando a expectativa para a disputa da Copa do Mundo de Clubes. Para ele, a competição será importante para testar o Rubro-Negro internacionalmente.
— A expectativa do Mundial é muito grande. É uma competição única, vai ser a primeira vez que vai ser disputada. Acho que vai ser uma experiência muito boa e nos vai dar um panorama de como estamos preparados para o Mundial e para o restante da temporada — completou.
O goleiro destacou também a solidez defensiva da equipe do Flamengo. Segundo o argentino, essa é a ideia de Filipe Luís desde o início do trabalho. Além disso, exaltou a pressão na saída de bola adversária que faz a equipe, com a "linha mais alta do mundo".
— Desde que o Filipe chegou, ele falou que queria ver um time que seja seguro, bom no ataque, mas também na defesa. Sabemos a defesa começa no ataque. O outro dia vi uma estatística, somos o time que pressiona com a linha alta no mundo. Isso também influencia no momento da parte defensiva. Eu sou o último homem da defesa e estou ali para quando a bola chegar. Tenho que estar pronto para cada momento que possa ajudar o time, esse é meu trabalho.
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Outras respostas de Rossi antes da estreia do Flamengo no Mundial
Trabalho dos goleiros para o Mundial
— A gente sempre sabe do poder dos times europeus. Temos o Chelsea na segunda rodada do Mundial. Estamos trabalhando da melhor maneiro para estar prontos para todos os momentos do jogo. A gente não tem preparação especial, é continuar evoluindo todo dia para estar mais perto de fazer aquilo que é preciso para ganhar o jogo.
Relação com Matheus Cunha
— É difícil falar porque eu estou jogando mais. Quando eu cheguei ele era o goleiro titular. A posição é assim, só joga um. O que o treinador decidir vai ser recebido da melhor maneira. Temos que ajudar o time, seja jogando, seja de fora. Tem que estar sempre pronto. Nossa relação no dia a dia é muito boa nos treinos, não só com ele, mas com todos os goleiros.
Jogo com os pés
— No jogo que tínhamos no Boca, com os treinadores de lá, não era uma característica. Depois fui para o Defensa y Justicia, a gente ficar com a bola era quase proibido (riso). Era só bolas longas. Eu gostava dessa ideia no Lanús. Quando cheguei no Flamengo, o Sampaoli tinha esse modelo e hoje jogamos de uma forma muito parecida. O goleiro hoje tem essa obrigação de dar auxílio aos zagueiros e volantes quando necessário.
Posição de goleiro
— Não vamos deixar nenhuma competição de lado. Cada jogo é diferente. Eu como goleiro tenho a ideia de sair com gol sem vazado, isso coloca a gente mais perto de vencer. Sabemos que temos grandes jogadores de qualidade na frente, se a gente manter o 0, fica mais fácil de alcançar a vitória.
O que o Flamengo tem de diferente
— Acho que cada país tem sua competição, cada time sua ideia. Mas a possibilidade de disputar esse Mundial com os melhores do mundo vai ser algo muito bom de experimentar. Hoje, estar enfrentando essas equipes vai dar uma boa ideia de como estamos preparados para a temporada.
Preparação para enfrentar o Esperánce
— Por enquanto quem está fazendo a análise do rival é a comissão técnica. A gente vai preparando o jogo da maneira que o time rival joga. Sabemos que cada dia de treino vai colocar o time mais pronto em relação à maneira que o adversário joga. Vai ser nossa estreia, sabemos que temos que fazer um grande jogo porque são só três para chegarmos na próxima fase.
Arbitragem internacional
— É normal. A gente que disputa um Mundial, tem que se habituar a falar com a arbitragem em outros idiomas. Joguei na Arábia, e lá contratam árbitros de outros países. O futebol é mundial. O idioma é só um. Quem jogou fora e sabe um pouco de inglês pode ajudar um pouco dentro de campo. Temos grandes jogadores com grande experiência fora.
Ensinamentos do boxe
— Não gosto de falar de favoritismo. Dentro do campo são 11 contra 11, a diferença fica nos detalhes. Na comparação com o boxe, vão ter momentos do jogo que vamos sofrer. Esse time já mostrou que aguenta, como foi no final contra o Deportivo Táchira. Quando o apito final chegar e a gente vencer sofrendo, vamos saber que aquilo serviu para algo.
Melhor momento da carreira
— É a minha melhor fase. Isso é no dia a dia, nos treinos, na academia, no campo. Sentir que posso ajudar o time dentro de campo ajuda na cabeça do jogador. Quando se sente importante, pode dar mais ainda. É continuar evoluindo para poder ajudar o time mais um pouco. É demonstrar porque estou aqui, numa boa fase e sou goleiro de Flamengo.
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