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Sharon Nigri Prais
Enviada especial
Dia 24/06/2025
23:50
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MIAMI (EUA) — O atacante Everaldo vive altos e baixos desde que chegou ao Fluminense. Foi importante em jogos da Copa do Brasil e Sul-Americana, mas ainda não desencantou no Mundial de Clubes, tornando-se alvo de críticas pela torcida. No entanto, a situação interna é diferente e o jogador é bem avaliado por Renato Gaúcho e seus companheiros.

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O camisa 9 tricolor ainda não marcou na competição e um lance do jogo contra o Borussia Dortmund, na estreia, ficou marcado negativamente. Depois de receber na intermediária enquanto o goleiro Kobel estava adiantado, o centroavante preferiu passar a bola para Canobbio em vez de finalizar para o gol, gerando protestos da arquibancada. Contra o Ulsan HD, os tricolores entoaram o canto "chuta, Everaldo" brincando com a situação.

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Ex-jogador e atacante, Renato reforçou sua confiança no jogador e frisou que a cobrança que vem de fora não entra no vestiário. Como exemplo, citou o zagueiro Freytes, que já foi criticado por torcedores, mas vem tendo boas atuações nos Estados Unidos.

— O mais importante é o que eu passo para o Everaldo. São situações que perante ao torcedor, um jogador ou outro, como Freytes, que está fazendo um grande Mundial, daqui a pouco cai nas graças da torcida. Hoje, ele não está fazendo gols, mas taticamente ele tem sido muito importante para o nosso time, a entrega dele dentro do campo está me deixando feliz. O importante é o trocedor dar força ao Everaldo. Ele chegou ao Fluminense fazendo gols e não desaprendeu. Todo jogador tem aquela má fase que a bola não entra, eu posso citar vários jogadores famosos, muito acima da média, como o Gabigol, se não me engano ficou oito ou dez jogos sem fazer gols no Flamengo e ninguém discutia a qualidade dele. Então daqui a pouco a bola entra. Tem que ver as jogadas que ele tem feito, tem nos ajudado, nem sempre o jogador vai fazer gol. O atacante de área só aparece para o torcedor quando faz gol, mas para o time é importante a parte tática. A gente torce para ele fazer gols, mas ele tem ajudado bastante, daqui a pouco essa maré de que a bola não entra vai começar a entrar, eu tenho conversado bastante com ele, dado conselhos, passado tranqulidade, confiança, daqui a pouco a bola entra.

Além dele, Nonato também falou sobre as atuações do camisa 9. Assim como o treinador, o meia enfatizou a participação do companheiro em lances recentes, como seu gol de empate diante do Ulsan HD, que abriu caminho para a virada tricolor.

— O Everaldo é um cara espetacular. Quem convive no dia a dia sabe o quanto ele é importante — agora falando como pessoa, mas também como jogador — o quanto ele contribui, o quanto ele batalha. É só ver os jogos, o quanto de bola que ele ganha, divididas, o quanto ele segura os zagueiros na área. Por exemplo, no meu gol, talvez, se não tivesse o centroavante no primeiro pau segurando os dois zagueiros, eu talvez não faria o gol. Então, esses detalhes às vezes não ficam claros pra quem está vendo de fora, mas, pra a gente tem isso muito claro: o quão importante ele é pra equipe, o quão importante ele é pro nosso estilo de jogo. Então, ele tem total confiança de nós, jogadores, da comissão, e a gente sabe que o gol vai acabar saindo. É claro, existe uma pressão maior para o centroavante fazer o gol, mas o gol vai acabar saindo na hora certa.

Renato Gaúcho em jogo do Fluminense contra Ulsan HD (Foto: Lucas Merçon/FFC)

Renato já falou sobre Everaldo em jogo da Sul-Americana

Esta não é a primeira vez que o jogador é alvo de críticas. O mesmo aconteceu depois da vitória por 2 a 1 sobre o Unión Española, pela Sul-Americana. Na ocasião, Renato deu uma resposta semelhante, reforçando sua confiança, mencionando ainda o zagueiro Freytes, outro que passou por um momento de baixa. Relembre:

- Então, o que eu procuro fazer é passar, acima de tudo, confiança para esse tipo de jogador. Ele tem que saber que ele tem a confiança do técnico. E procurar sempre corrigir ele nos defeitos, para que ele possa melhorar a cada partida. Sobre o Freytes e o Everaldo: o problema é que, começa o jogo com cinco, seis minutos, tem torcedores que vêm descarregar aqui no Maracanã a raiva ou algum problema particular em cima do jogador. Com cinco minutos de jogo, alguns torcedores vaiando. Eu entendo que é muito perigoso você trabalhar num clube em ano de eleição. Porque mesmo ganhando, você não vai agradar todo mundo. Mas o que a gente tem que fazer é continuar trabalhando. Tem que continuar corrigindo os jogadores, que eu tenho feito. Tem que passar confiança pra eles, mesmo os que estão bem. Foi o que passei hoje no intervalo do jogo.

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