Quando Inter Miami e Paris Saint-Germain se enfrentarem no próximo domingo (29), às 13h (de Brasília), no Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta, será muito mais do que um simples jogo de futebol. Para Lionel Messi, este duelo representa um reencontro com um capítulo complexo de sua carreira – um período no PSG que, apesar dos títulos conquistados, nunca chegou a ser verdadeiramente acolhedor. Agora vestindo a camisa do Inter Miami, o astro argentino terá a oportunidade de reescrever essa história em campo, em um confronto que transcende o aspecto esportivo e mergulha em questões emocionais e simbólicas.
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Durante sua passagem pelo PSG, entre 2021 e 2023, Messi levantou dois troféus do Campeonato Francês, marcou 32 gols e distribuiu 35 assistências em 75 partidas. No papel, números impressionantes. Na prática, porém, sua relação com a torcida parisiense foi marcada por altos e baixos. O argentino, acostumado a ser idolatrado no Barcelona, tornou-se alvo frequente de vaias no Parque dos Príncipes, especialmente após as eliminações na Champions League. A tensão atingiu seu ápice em maio de 2023, quando Messi foi suspenso por duas partidas após viajar sem autorização para cumprir compromissos comerciais na Arábia Saudita, faltando a um treino do clube. O episódio, visto como uma falta de profissionalismo por parte da diretoria, acabou selando sua saída silenciosa do PSG.
Aos 36 anos, Messi encontrou no Inter Miami um novo lar – e o impacto foi imediato. Dentro de campo, elevou o nível técnico da equipe, tornando-se peça fundamental no sistema de jogo do clube. Fora dele, transformou o time da Flórida em uma marca global, atraindo olhares do mundo inteiro para o futebol norte-americano. No Mundial de Clubes, sua influência foi decisiva: titular nas três partidas da fase de grupos, jogando todos os 90 minutos, Messi marcou um gol, deu assistências e manteve a regularidade técnica que sempre o consagrou como um dos maiores da história.
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Agora, diante do PSG, o desafio é diferente. Mais do que avançar na competição, este jogo representa para Messi a chance de responder em campo às críticas e ao ambiente hostil que enfrentou em Paris. Do outro lado, o PSG, reformulado e com um projeto mais coletivo, chega como atual campeão da Champions League, mostrando que seguiu em frente após a saída do argentino.