NOVA JERSEY (EUA) — Depois de uma grande atuação contra o Borussia Dortmund, o Fluminense deixou a desejar diante de um adversário tido como inferior. Neste sábado (21), no entanto, João de Deus desceu de seu altar para receber Gravatinha (personagem criado por Nelson Rodrigues - Gravatinha é um fantasma que protege o Flu) no MetLife Stadium, encarnado em Keno, decisivo na virada tricolor.
A escalação adiantava que seria um time com mais características ofensivas e cujo plano seria usar a qualidade técnica de Ganso para quebrar as linhas de um time que marcaria em bloco baixo. Os primeiros minutos de pressão fizeram parecer que a estratégia daria certo, mas depois que os sul-coreanos encaixaram a marcação, o Flu começou a encontrar dificuldades.
A virada veio rápido após Arias abrir o placar de falta e expôs a fragilidade da transição defensiva carioca. Na saída para o intervalo, a torcida tirou as vaias da bagagem e se fizeram ouvir por um momento, seguido de um alento de quem não quer perder a viagem. Típico dele, o Sobrenatural de Almeida.
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No retorno, a substituição de Everaldo no lugar de Ganso não trouxe nenhum otimismo ao torcedor. Entretanto, a entrada de Keno e Nonato colocaram o time de volta no eixo, e tiveram impacto imediato no jogo. O gol do empate começou nos pés do camisa 11 e terminou no 16, que marcou pela segunda vez na temporada.
E o "dorama" tricolor se estendeu até os 83 minutos, quando um herói improvável surgiu da defesa. A torcida, que não tem bola de cristal, clamou por João de Deus logo antes de a bola que de fato definiria o futuro do time sobrar nos pés de Juan Pablo Freytes para decretar a virada e seu primeiro gol pelo Fluminense.
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Justiça seja feita, a entrada de Keno mudou o jogo. O atacante trouxe mais perigo para a ponta e foi premiado com o quarto gol do Flu, importante para as pretensões do clube carioca no Mundial, uma vez que o saldo de gols pode definir a classificação.
De toda forma, foi uma atuação abaixo da crítica e do esperado. Dessa vez, Gravatinha esteve presente, mas não se sabe se ele viaja para Miami, então é bom não contar com isso. E a pergunta que fica é: qual Fluminense veremos neste Mundial de Clubes?