Ao organizar uma Olimpíada em meio aos tantos casos de corrupção no esporte, o Brasil tem uma chance importantíssima de ajudar a apontar soluções para corrigir o modelo de organização e aprender com seus próprios erros . Afinal, a corrupção não é um problema restrito ao esporte do país. A Fifa foi assolada fortemente pelas consequências deste círculo vicioso, e motivaram a Suíça a aprovar uma lei para permitir investigações de qualquer entidade esportiva.
O momento é de discutir de forma profunda como mudar este modelo. Um caminho é o choque de transparência, democracia e controle social, porque a sociedade se cansou de tantos desmandos.
Naturalmente, este processo de evolução deve ser permanente. É necessário um comprometimento sólido de todas as partes, além de todos estarem cientes das informações em tempo real e da maneira como os recursos são organizados por estas instituições.
Atualmente, das 209 federações, apenas 14 possuem índices mínimos aceitáveis de transparência. Está mais do que na hora de termos um ponto de partida para iniciar esta mudança de quadro.
*Pedro Trengrouse é professor de Direito da FGV / RJ e Especialista em Gestão da Academia LANCE!
Dia 02/12/2015 18:11