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Mulheres batem recorde de participação na 49ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela e seguem confiantes com tripulações repletas

Danadão, da bicampeã olímpica Martine Grael e de Gabriela Nicolino, e Rudá 1 buscam a recuperação na regata desta terça-feira. Minna tem primeira participação no evento<br>

Acervo SIVI / Fred Hoffmann
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A 49ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela está fazendo história para as mulheres. Cerca de 100 velejadoras estão na raia entre os 115 barcos e 1.000 velejadores na disputa, o que é um recorde no maior evento da América do Sul de Vela de Oceano. Atletas de todo Brasil e também da Argentina estão na disputa do evento com realização do Yacht Club de Ilhabela em parceria com a Prefeitura de Ilhabela que vai até o dia 30.

Dois barcos estão com tripulação 100% feminina, Danadão e Ruda 1, e fizeram suas estreias neste domingo na Regata de Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil, que abriu,a competição. As equipes apostam na evolução e entrosamento da equipe nas próximas regatas para subirem na classificação da competição que prevê regatas todos os dias de terça até sábado.

O Danadão, comandado pela bicampeã olímpica Martine Grael, apesar de ter feito uma boa regata, não ficou entre os primeiros colocados na classe ORC, mas conseguiu completar a regata sem nenhum percalço.

"Fiquei bem contente. Cruzamos a linha de chegada e a tripulação funcionou bem. A gente se divertiu, esse é o objetivo principal. E colocar essa mulherada toda na água pra mim é um motivo de orgulho, temos meninas mais jovens, outras mais experientes. Estamos nos dando bem e nos ajeitando, temos a melhorar. Tivemos uma largada mais difícil hoje", explica Martine.

"É um projeto especial para gente conseguir montar uma tripulação feminina. Foi meio de última hora e a regata de domingo foi nosso primeiro dia oficial com todas as tripulantes a bordo. Felizmente deu tudo certo, as velas subiram, desceram, e a ideia é ir melhorando cada dia mais", completa a velejadora olímpica Gabriela Nicolino.

Já o Rudá 1 vinha fazendo uma regata de recuperação na classe BRA-RGS. Aos poucos o barco foi ganhando velocidade e posições, a equipe se mostrava mais entrosada até que uma pane no piloto automático fez o leme travar. O resultado foi o abandono da regata. Mas nem tudo está perdido.

“Felizmente dá para resolver o problema para o restante da competição. Pela regra do campeonato a gente tem direito a um descarte. E essa regata foi o nosso descarte”, diz a comandante Daniela Sanchez: “Apesar de todo perrengue que a gente passou, velejamos bem pra caramba, as manobras foram muito boas. E tivemos uma reação a bordo muito boa por conta de uma pane. O trabalho de equipe foi fantástico”, acrescenta Andrea Grael.

Segundo Daniela, agora é pensar nas próximas regatas e o primeiro desafio já é nesta terça-feira.

“O importante disso é que mostra o que é velejar. Tem sempre um monte de desafio. Às vezes a gente consegue e outras vezes não. No domingo não conseguimos. Mas ficamos com um gosto bom na boca porque deu certo tudo o que precisamos fazer. Além disso, o barco ficou inteiro e nenhuma de nós se machucou. O desafio continua e vamos em frente”, finaliza.

Entre outros destaques femininos está o veleiro carioca Minna com Elisa Mirow no comando também disputando a ORC. A equipe disputa pela primeira vez a Semana Internacional de Vela de Ilhabela e está impressionada: "Estamos gostando muito, competição muito bacana, 115 barcos, não se tem esse número por lá no Rio de Janeiro. Competição de muito alto astral, Ilhabela é lindo, dá uma energia diferente velejar aqui", disse Mirow que comanda uma tripulação com cinco mulheres à bordo: "Primeira regata foi difícil, é nossa primeira vez aqui tivemos dificuldades nas cambagens, mas estamos aprendendo e vamos evoluir ao longo da semana", aponta a velejadora que comemora o recorde feminino no evento: "Muito importante o incentivo para as mulheres velejarem, ainda somos poucas, mas estamos crescendo e quanto maior a divulgação, melhor pois temos ótimas velejadoras no país".

A competição homenageia esse ano a tripulação do veleiro Revanche, de 1984, primeira tripulação feminina da história do país. A premiação será uma réplica do barco delas e equipe estará em Ilhabela para receber honraria no último dia.

A segunda-feira é dia de descanso da competição e o dia de olhar para o futuro com a disputa da Regata Vela do Amanhã para onze Escolas de Vela de oito cidades dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. As regatas para a disputa da competição serão retomadas nesta terça-feira a partir das 12h10.