A boxeadora e medalhista olímpica Imane Khelif ficou de fora da Copa do Mundo de Eindhoven, na Holanda, que está sendo realizada entre os dias 05 e 10 de junho. A desistência tem como principal motivo a nova implementação da World Boxing, federação internacional responsável pelo boxe olímpico desde fevereiro, sobre teste genético obrigatório.
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Após anunciar uma nova política referente a sexo, idade e peso, a federação também mandou uma carta para a federação argelina explicando os motivos pelos quais os testes se tornaram mandatórios e como eles podem "garantir a segurança de todos os participantes e proporcionar uma competição com igualdade de condições para homens e mulheres".
Imane Khelif não poderá participar da categoria feminina na Copa do Mundo de Eindhoven, de 5 a 10 de junho de 2025, e em qualquer evento da World Boxing até que Imane Khelif seja submetida a um teste genético de sexo, de acordo com as regras e procedimentos de teste do World Boxing.
Em maio de 2025, o Conselho Executivo exerceu essa autoridade e adotou novos critérios de elegibilidade para a participação em categorias de boxe específicas para cada sexo. Essas novas regras de elegibilidade foram desenvolvidas com o propósito expresso de proteger os atletas em esportes de combate, especialmente considerando os riscos físicos associados ao boxe de estilo olímpico.
O exame se chama PCR (reação em cadeia da polimerase) e serve para determinar o chamado sexo biológico, o gênero designado no nascimento. O teste é feito a partir de amostras coletadas por swab nasal, saliva ou sangue e busca identificar o material genético SRY, que revela a presença ou ausência do cromossomo Y.
Polêmica de Imane em Paris
Imanne consquistou a medalha de ouro em Paris, mas foi alvo de polêmicas devido a notícias falsas que circularam durante os jogos sobre seu gênero e afirmando que ela seria uma mulher transgênero. De acordo com a nova política da World Boxing, um boxeador cujo gênero seja formalmente questionado fica suspenso até realizar um teste genético, como é o caso de Khelif.