Conhecida por fornecer gramados para estádios e centros de treinamento de elite, como Maracanã, São Januário e Laranjeiras, além de diversas outras arenas pelo país, a Itograss decidiu aplicar a experiência também no tênis. Depois de meses de pesquisa e estudos aprofundados, a empresa criou uma quadra de grama natural inspirada em Wimbledon: a Itograss Tennis Experience, que fica no interior de São Paulo.
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— A tradição brasileira sempre foi o saibro, e só recentemente os pisos rápidos começaram a ganhar espaço. A grama era quase um tabu por aqui. Mas estamos mostrando que é possível ter um gramado de qualidade em solo brasileiro, no mesmo padrão das competições europeias — explica Rodrigo Santos, engenheiro-agrônomo e coordenador do Centro de Gramados Esportivos da Itograss.
Inspirada nas lendárias quadras de Wimbledon — torneio que acontece no Reino Unido e se encerrou neste fim de semana com o título de Jannik Sinner—, a estrutura foi adaptada para as condições tropicais do Brasil. O tipo de grama escolhido foi a "TifEagle", da família das Bermudas, que suporta o calor, o solo arenoso e as intensas chuvas tropicais, características que inviabilizariam o uso das variedades tradicionais britânicas. Segundo Rodrigo, a jogabilidade da quadra paulista é comparável, e até superior, à de gramados europeus de alto padrão.
A escolha pela grama natural não foi apenas estética ou simbólica. Esse tipo de piso confere uma atmosfera única ao Brasil, sendo uma superfície bastante rara no circuito de tênis. Diferencia-se significativamente das utilizadas em outros países da Europa, além de uma experiência mais agradável ao tenista. “Todo atleta sonha em jogar na grama. É o piso mais icônico do tênis”, diz Rodrigo.
De acordo com o especialista, a manutenção de uma quadra como essa exige conhecimento técnico, rotina intensa de cortes, feitos com equipamentos específicos, capazes de formar as clássicas listras vistas em Wimbledon, e um rígido controle de nutrientes.
— Trata-se de um ser vivo. O uso precisa ser controlado. O ideal é entre seis e oito horas de jogo por semana, com pausas periódicas para recuperação do gramado — explica.
Rodrigo destaca ainda que a construção da quadra demandou adaptações técnicas em relação ao modelo europeu. Foi necessário redesenhar todo o sistema de drenagem, além de investir no treinamento de profissionais que cuidam da manutenção.
— A falta de tradição é um entrave inicial, mas temos superado essa barreira com tecnologia e formação. Hoje, em qualquer lugar do Brasil, é possível ter uma quadra de grama com um alto padrão de qualidade — finaliza.
A Itograss está presente em 90% dos estádios e centros de treinamento das Séries A e B do Brasileirão.
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