O cenário da Fórmula 1 em 2026 ainda é bastante incerto, tanto em termos da ordem de forças quanto também em dinâmica de pista. Com um foco maior na parte elétrica da unidade de potência, é esperado que a gestão da bateria seja de suma importância no próximo ano, o que pode mudar a dinâmica das disputas em classificações e corridas. Porém, alguns chefes de equipes confiam que o impacto será positivo.

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Em específico, a esperança é de que o novo regulamento técnico permita corridas com mais ultrapassagens e em pontos diferentes das pistas. Ao menos é assim que Andy Cowell, chefe da Aston Martin, analisa ao estudar o novo conjunto de regras.

-Acho que será interessante ver como serão as ultrapassagens no ano que vem com o novo regulamento. Podemos muito bem ver mais ultrapassagens. Acho que haverá algumas surpresas - explicou.

Alguns pilotos, como Max Verstappen e Charles Leclerc, já expressaram preocupações com o impacto do regulamento nas corridas. No entanto, James Vowles, chefe da Williams, garante que os pilotos estão ficando mais otimistas quanto ao novo carro e que “ultrapassagens serão diferentes, mas vão acontecer” em 2026.

Max Verstappen conquista pole position no GP do Ajerbaijão (Foto: Steven Tee / LAT Images / Getty Images / Red Bull Content Pool)

-Serão de uma forma diferente da que estamos acostumados agora. Já disse isso em outro lugar, mas os pilotos tentaram uma vez e pensaram: ‘isso não é ótimo’. Aí, na segunda vez, já acharam mais interessante. E na terceira ou quarta vez — como são pilotos — já estavam realmente envolvidos nisso. Há uma forma bem diferente de otimizar essa solução, e eles conseguem ver onde a vantagem pode surgir. Então, nesse sentido, acho que será interessante - comentou Vowles.

-Acho que o número de ultrapassagens vai aumentar, só não nos pontos onde imaginamos. Essa é provavelmente a melhor forma de colocar. O desafio é que, sinceramente, tudo muda. Então há muito aprendizado acontecendo quase semana a semana, especialmente no lado da energia e como usá-la da maneira mais eficiente possível - seguiu.

Além disso, Vowles opinou que o trabalho dos pilotos será mais intenso e complexo dentro do cockpit a partir do ano que vem. Porém, o chefe da Williams não entende isso como um aspecto negativo, apenas algo diferente do habitual.

-Acho que, do jeito que as regras de 2026 estão no momento, os pilotos terão mais trabalho no cockpit. Não acho que isso seja algo ruim. Acho que veremos quem vai se destacar por causa disso: aqueles que estiverem totalmente no controle do carro e de seu comportamento, e ainda conseguirem pensar fora da caixa. Provavelmente a melhor forma de descrever é: você quase pode carregar a bateria inteira em uma frenagem, mas pode esgotá-la em uma reta. E isso cria uma dinâmica bem diferente da que temos neste ano - concluiu.

Por fim, Steve Nielsen, diretor-administrativo da Alpine, ressaltou que os tempos de volta devem ser mais lentos em 2026, já que o carro “não vai ser mais rápido nas retas” e vai “perder muito tempo nas curvas”. Ainda assim, não acredita que as provas ficarão piores por conta disso.

-Os tempos de volta serão mais altos do que são atualmente, mas não acho que isso vá prejudicar as corridas. Como serão as ultrapassagens, ainda precisamos ver - destacou Nielsen.

GP dos Estados Unidos

Fórmula 1 retorna entre os dias 17 e 19 de outubro no Circuito das Américas, em Austin, que é sede do GP dos Estados Unidos, a 19ª etapa da temporada 2025. A corrida terá transmissão de Band.com.br e Bandplay ao vivo.

Depois da corrida em solo norte-americano, a F1 vai para o México, no dia 26 de outubro, e depois desembarca no Brasil, para o GP em Interlagos, no dia 9 de novembro.

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