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Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porRodrigo Fajardo Mendes,
Dia 01/08/2025
06:30
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Campeão Olímpico no vôlei de praia na Rio 2016 e prata na Londres 2012, Alison "Mamute" Cerutti revelou com exclusividade ao Lance! os motivos da sua aposentadoria. Após mais de 20 anos de carreira, o atleta anunciou a saída das praias em julho. Agora, ele pretende focar em fortalecer o esporte fora das quadras de areia. Assista à entrevista completa no destaque acima.

➡️ Campeão olímpico Alison Mamute anuncia aposentadoria do vôlei de praia

— Não foi uma decisão tomada "da noite para o dia", foi com o tempo. Na virada de 2024 para 2025, eu já estava com isso na cabeça, de tomar essa decisão. Neste ano eu completo 40 anos, mais de 20 de carreira — disse Alison sobre o processo de decisão sobre a aposentadoria do vôlei de praia.

O atleta também revelou que busca trazer de volta o tempo com amigos e família, o que foi necessário abdicar em busca do crescimento esportivo:

— Eu saí de casa com 16 anos, tive que abdicar de muita coisa da minha vida. Eu não me arrependo de nada. Acho que ficar longe da família e amigos foi muito difícil, e hoje estou podendo resgatar isso. Hoje, tenho dois filhos, estar com eles sem aquela cobrança de ir treinar e ficar fora dois meses, é o que mais me pega.

Alison Mamute em competição (Foto: Divulgação / FIVB)

Saindo do vôlei profissional, Alison revelou ter se encantado com coisas fora das quadras, uma das principais é a gestão esportiva:

— Coisas fora da quadra estão fazendo meus olhos brilharem. Eu tô estudando muito sobre gestão esportiva, estou indo para essa área agora. Vamos encerrar um ciclo bem feito como atleta e ir agora para a gestão.

Alison Mamute se vê nos bastidores do vôlei de quadra

Ingressante no Programa de Transição de Carreira do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Alison não planeja ficar tão distante do vôlei de praia. Ele busca uma rotina mais confortável nos bastidores do esporte. O atleta ainda não se vê como um treinador, mas demonstra muito interesse para a gestão esportiva, área que vem se dedicando a estudar ultimamente.

— O start importante para todo atleta que começa a transição de carreira é se qualificar para o próximo passo. Preciso me qualificar para ser um bom técnico futuramente, para ser um bom gestor. Eu me vejo muito fora das quadras, como na gestão de um projeto de alto rendimento. Ser técnico não é uma coisa que olho muito hoje — afirma.

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Como qualquer atleta em transição de carreira, Alison vem parando de treinar gradualmente. A estratégia chamada de "destreino" é uma maneira de não sentir uma diferença muito grande de primeira. O processo envolve a diminuição do ritmo e frequência dos treinamentos:

— Existe um processo de ir "destreinando", para não ser um baque. Vou sentir muita falta do vôlei de praia. Chegou a hora de torcer, de ajudar o esporte do lado de fora.

Atleta se coloca em seleta lista da modalidade

Conquistando os títulos mais relevantes do vôlei de praia, tendo dez parceiros nessa jornada, Alison se coloca entre os melhores atletas do mundo. Em 20 anos, foram um ouro e uma prata olímpica, um campeonato mundial, duas copas do mundo e 136 pódios na carreira.

Alison Mamute e Bruno Schmidt, medalha de ouro no Rio 2016 (foto: Divulgação FIVB)

— Consegui realizar vários sonhos. Um dos meus maiores foi ser campeão olímpico. Eu me coloco em um grupo seleto de atletas, que foram campeões e são referências. Eu não me coloco como o melhor, porque eu não sou. Me coloco entre os melhores do mundo — afirma.

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