A Seleção Brasileira de Vôlei é uma das maiores potências do mundo do esporte, assim, a liga nacional não poderia estar "atrás" das internacionais, e não está. Entre as 30 convocadas de Zé Roberto para a Liga das Nações de Vôlei (VNL), 22 atletas competiram na Superliga A na última temporada. Fora do Brasil, Tainara assinou com o Sesi Flamengo e estará no país para a próxima edição. O jogo de estreia contra a Tchéquia também contou com destaque para elas, principalmente a oposta rubro-negra e Julia Kudiess, central do Gerdau Minas.
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Com problemas de bloqueio, foi Julia responsável pelo primeiro ponto do Brasil nesse quesito no clico olímpico para Los Angeles 2028. No fim do primeiro set, a central do Minas acertou bem o tempo da ponteira tcheca e afundou a bola no chão adversário. Nervosa, ela encarou sua estreia oficial na Seleção Brasileira, após uma série lesão em sua última convocação, e aproveitou para celebrar o feito em conversa com o Lance!.
— Eu fico muito feliz, porque eu sinto que estou no caminho certo, é claro que eu tenho muito a melhorar, mas o que não falta são pessoas boas aqui para dizer o que a gente tem que fazer. Então é isso, eu bloqueei, mas eu fico irritada saindo desse jogo, porque muitas bolas, a bola foi para fora, então eu sei que eu posso fazer muito melhor — destacou Kudiess.
A mudança de clube para Seleção Brasileira já foi enfrentada por muitos ótimos jogadores na história do país. Apesar disso, a adaptação e pressão encaradas não são fáceis, ainda mais para jovens atletas. Aos 22 anos, Julia Kudiess analisou a diferença entre defender o Minas e o Brasil em sequência.
— Muda completamente, temporada de clube é uma coisa, e a temporada aqui é outra. Eu acho que são níveis totalmente diferentes. Claro que lá é muito pesado, mas aqui você está representando outros atletas, então a responsabilidade que a gente tem é muito maior. Tem uma certa pressão.
Jogadoras da Seleção Brasileira na Superliga
Para a primeira seleção de relacionadas, para o jogo contra a Tchéquia, Zé Roberto precisou analisar o melhor grupo disponível entre as 30 confirmadas. A decisão do técnico mostrou-se eficiente ao garantir a vitória na estreia, com grandes nomes da Superliga. Em meio a 14 nomes, 10 atletas representam equipes brasileiras, como: Flamengo, Minas, Praia Clube e Barueri.
Apesar do número anterior de 22 convocadas, e atuam no torneio nacional, o número ainda é grande em comparação as atuantes em clubes estrangeiros. As relacionadas para o primeiro jogo foram:
Tainara (Oposta) - Sesc Flamengo
Macris (Levantadora) - Dentil Praia Clube
Lorena (Central) - Sesc Flamengo
Aline (Ponteira) - Flor de Ypê Barueri
Julia Kudiess (Central) - Gerdau Minas
Luzia (Central) - Flor de Ypê Barueri
Kika Motta (Líbero) - Gerdau Minas
Helena (Ponteira) - Sesc Flamengo
Jheovana (Oposta) - Flor de Ypê Barueri
Lais (Líbero) - Sesc Flamengo
Confira todas as convocadas da Superliga
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Próxima etapa do Brasil na VNL
Para seguir na etapa da Liga das Nações de Vôlei, a Seleção Brasileira volta à quadra do Maracanãzinho, às 21h (de Brasília), para enfrentar os Estados Unidos nesta quinta-feira (5). Sem grande torcida ao seu lado, no jogo contra as italianas, a equipe norte-americana precisará lidar novamente com a força da arquibancada no Brasil.
O próximo jogo promete ser mais complicado que o primeiro, já que o Brasil enfrenta o responsável pela eliminação nas semifinais das Olimpíadas de Paris 2024. Apesar da derrota para a Itália, tanto na final na França quanto na estreia da VNL, os Estados Unidos ainda são um time rápido de muito volume. Sem o nervosismo de estreia, a Seleção Brasileira deve chegar mais "centrada" em suas escolhas, e o jogo promete ser um dos mais intensos da Liga das Nações de Vôlei Feminino no Rio de Janeiro.