O campeão paralímpico Oscar Pistorius seguirá preso, apesar dos apelos de sua defesa pela liberdade condicional do velocista. Nesta segunda-feira, mais uma decisão sobre a saída do astro da prisão foi adiada. Ele foi condenado a cinco anos de reclusão por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, pela morte da modelo Reeva Steenkamp, sua ex-namorada, em 2013.
– Acredito que eles vão submeter a questão à Comissão de Libertação Antecipada – afirmou o advogado de Pistorius, Brian Webber.
O atleta biamputado seria transferido para o regime de prisão domiciliar em agosto. Isso porque, de acordo com as leis do país, um acusado de homicídio culposo pode ser libertado após cumprir um sexto de sua pena. Mas uma decisão do ministro da Justiça da África do Sul, Michael Masutha, bloqueou a liberação do astro.
Pistorius cumpre pena de cinco anos, mas tenta reduzir o tempo de prisão. Ele se livrou da acusação de homicídio doloso ao alegar que atirou através da porta do banheiro por pensar que se tratava de um invasor e a bala acabou atingindo a modelo.
Não há prazo para uma nova audiência. Caso deixe a prisão, o sul-africano terá de permanecer em detenção domiciliar e prestar serviços comunitários.
Em seu currículo, Pistorius tem um ouro nos Jogos de Atenas (2004), nos 200m, e três em Pequim (2008), nos 100m, 200m e 400m. Em Londres-2012, ele foi o primeiro atleta paralímpico da história a disputar prova em condições de igualdade com atletas não deficientes.