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Beatriz Pinheiro
Enviada especial
Dia 20/08/2025
10:51
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PARAGUAI - Se os Jogos Pan-Americanos Júnior servem para revelar novos talentos do esporte, na última terça-feira (19), um consagrado veterano fez sua estreia no evento em Assunção. O ex-atleta Arthur Zanetti, duas vezes medalhista olímpico na ginástica artística, participou do primeiro dia de disputas da modalidade como juiz internacional pela primeira vez. Veja no vídeo acima.

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O brasileiro anunciou a aposentadoria como atleta em janeiro de 2025, mas não deixou a ginástica por completo. Campeão olímpico nas argolas em Londres 2012, Zanetti atua como treinador em uma escolinha de ginástica em São Caetano do Sul/SP, sua cidade natal, e também como árbitro da modalidade. Apesar de já ter estado no papel de juiz em competições no Brasil, o Pan Júnior marcou a estreia do brasileiro em competições internacionais.

— Aqui foi tranquilo, achei que ia ficar um pouco nervoso no início, mas acho que como eu já tive essa experiência no Brasil... A primeira vez que eu arbitrei no Brasil, aí sim eu fiquei nervoso! Mas aqui não, foi bem mais tranquilo, tava preparado, entrei bem de boas mesmo, sabendo o que tinha que fazer - contou.

Com três Jogos Olímpicos no currículo, Arthur Zanetti conquistou, além do ouro em Londres, a medalha de prata nas argolas nas Olimpíadas do Rio 2016. Depois de competir em Tóquio, sofreu com lesões no ciclo rumo a Paris e não chegou a disputar a vaga para o evento na capital francesa. O anúncio da aposentadoria veio no início deste ano, mas sem uma despedida da ginástica.

— Tô fazendo um pouquinho de tudo. Primeiramente eu tô dando treino lá em São Caetano, na escolinha, também junto com a arbitragem, e fazendo outras coisas, deveres com a Confederação, da minha vida, tô seguindo. Tá bem corrido, posso dizer que tá mais corrido do que quando eu era atleta, mas tô gostando dessa minha vida, acho que tô no caminho certo - declarou.

Pedro Silvestre conquistou a prata no individual geral (Foto: Ana Patricia/COB)

Arthur Zanetti e a nova geração

A seleção masculina de ginástica inaugurou as disputas da modalidade no Pan Júnior. Na disputa por equipes, o time conseguiu 217.050 pontos na soma dos seis aparelhos (salto, solo, barra fixa, barras paralelas, cavalo com alças e argolas), e terminou em quarto lugar, atrás de Estados Unidos, Colômbia e México.

No individual geral, porém, teve como destaque o jovem Pedro Silvestre, de 18 anos, que com 75.250 pontos garantiu a medalha de prata no individual geral, além da classificação para cinco finais por aparelhos. Após a competição, o ginasta contou sobre a experiência de competir diante de uma das maiores referências do esporte.

— Deu um pouco de frio na barriga. O Arthur é bem legal, quando a gente se encontra ele é bem parceiro mesmo, dá umas dicas. Foi bem bacana ver ele representar o nosso país arbitrando também - contou.

De olho no próximo ciclo olímpico, Arthur Zanetti observou a nova geração de ginastas brasileiros. Com olhar criterioso de ex-atleta, treinador e árbitro, ele alerta para pontos de melhoria, mas aposta no trabalho a longo prazo para evolução do grupo.

— São atletas novos, acho que tem bastante ainda que melhorar, acho que dá pra dar uns toquezinhos pra eles em questão dos elementos, das posturas, principalmente como a gente, árbitro, vai analisando os defeitos, então dá pra dar um toque neles. Mas eles estão no caminho certo, são atletas novos e agora é trabalhar - finalizou.

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Beatriz Pinheiro viajou a convite do Comitê Olímpico do Brasil (COB)

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