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Após um ano, Rio-2016 é eleito filme mais especial de Bruninho

O levantador da Seleção Brasileira relembrou jogo decisivo para a conquista do ouro olímpico e comentou sobre a ausência do pai, Bernardinho, na beira da quadra

Bruninho é dono de três medalhas olímpicas (um ouro e duas pratas) Carolina Alberti
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Toda grande produção cinematográfica se inicia com uma grande narrativa. Para o levantador da Seleção Brasileira de vôlei, Bruno Rezende, essa história se inicia no dia cinco de agosto de 2016. Eleito o filme mais especial de sua carreira, o longa conta a história da conquista do ouro na Rio-2016.

- Ficou um filme, acho que o filme mais especial da minha carreira. Não só da minha como de todos os meus companheiros - afirma o camisa 1.

Com a certeza de que a narrativa terá um final feliz, Bruninho revela que o dia 21 de agosto de 2016 ainda é pauta entre o time que acabou com os dois vice-campeonatos olímpicos em Pequim-2008 e Londres-2012. 

- A gente tem um grupo e vira e mexe vem lembranças e fotos, a gente acaba trocando mensagens. Acho que foi o momento mais especial que todos nós sonhávamos: disputar uma olimpíada do Rio e no final das contas, vencer - revela.

Como toda grande obra, o filme rumo a medalha dourada tem seu grande momento. Para o jogador de 31 anos, a partida contra a França foi decisiva do para o final feliz no dia 21 de agosto. O jogo terminou em 3 sets a 1 para o time verde e amarelo e foi o último confronto da fase de grupos.

- O jogo contra a França foi especial, porque foi muito nervoso e tenso. Até eu, assistindo depois, fiquei nervoso. Foi o jogo divisor de águas que fez a gente crescer na competição - conta.

Este mesmo time foi o responsável por uma frustração. Neste ano, os franceses venceram o Brasil por 3 sets a 2, sendo que, no quinto tempo, a diferença foi de apenas dois pontos.

- Fica um pouquinho de frustração. Dois pontos é muito perto. Você está com a mão ali e acaba não conquistando - diz o dono de três medalhas olímpicas.

Mesmo assim, Bruninho vê evolução no time.

- No geral, a gente chegou a mais uma final, com um novo trabalho se iniciando. O time demonstrou evolução durante a competição. Estamos no caminho certo. Sem dúvida a gente sabe que tem muito para crescer. Espero que a gente possa conquistar esses dois próximos objetivos nossos este ano - analisa.


O próximo compromisso da Seleção inicia na próxima segunda-feira, com o confronto contra o Paraguai, pelo Sul-Americano. Campeão de todas as edições de disputou, o Brasil se vale da uma filosofia deixava por gerações passadas.

- Encarar cada partida como se fosse uma final. Isso que a gente tem como filosofia e legado de algumas gerações que passaram e é isso que faremos a partir de segunda-feira no sul-americano - assegura Bruno, que fala sobre os objetivos na competição da próxima semana:

- Como em qualquer competição, a gente entra para ganhar. A gente sabe que hoje o Sul-Americano não é fácil. A Argentina é um time que tem crescido cada vez mais, é um time grande que nos bateu este ano na Liga Mundial. A gente tem muito respeito. Trabalhamos muito nessas duas últimas semanas para chegar bem. Chegaremos com tudo. A gente está com foco muito grande para conquistar este título que, para nós, seria muito importante.

Vindo do Rio de Janeiro, onde a Seleção treina desde o fim da Liga Mundial. Bruninho veio na última sexta para São Paulo para ser homenageado na Centauro do Shopping West Plaza. O camisa 1 canhou uma estrela na loja. Além disso, ele atendeu aos fãs, distribuindo autógrafos e sorrisos.

Com esta parada da capital paulista - já que a Seleção embarca neste sábado para o Chile, sede do Sul-Americano. O carioca revela que a medalha feio colada à ele durante todo o trajeto.

- Eu guardo ela na mochila que fica na minha mão. Não despacho. Tem que ficar comigo. Essa aí eu tenho bastante medo de acontecer alguma coisa - confessa o tetracampeão da Liga Mundial.

Bruno faz suas última aparições na capital paulista. Após temporada no Sesi-SP, o carioca retorna à Itália, para o Modena. O amistoso entre Brasil e Estados Unidos, no dia 13 de agosto, no ginásio do Ibirapuera, deve ser a despedida de Rezende à capital paulista.

​- Foi uma cidade que me abraçou. Gostei muito de morar aqui, e no Brasil, perto da minha família, dos meus amigos agradeceu Bruninho, que explicou o motivo da saída:

- Quero jogar mais uma Olimpíada em alto nível. Tive esta oportunidade de voltar para o Modena. Hoje o Campeonato Italiano ainda é o mais forte do mundo. Pelo lado profissional, era importante para a minha carreira voltar para lá. Estou feliz. Será um novo desafio poder continuar conquistando títulos lá na Itália.

Bruninho foi homenageado na Centauro Carolina Alberti

E como vai Bernardinho? 

Fora do comando da Seleção Brasileira desde janeiro, Bruninho conta que Bernardinho segue com os olhos atentos ao desempenho da equipe. Além disso, o jogador revela que, no início, foi estranho não ver o pai na beira da quadra. 

- Agora está tranquilo. No início foi um pouquinho estranho. A gente esperava aquelas broncas, aqueles gritos. O Renan é um cara um pouco mais contido, diferente. Agora está mais tranquilo. Ele está em casa sofrendo também, mas de outra maneira - frisou. 

Bruno Rezende conta que o antigo comandante conversa com Dal Zotto, já que ambos, além de ex-jogadores, são amigos.

-Ele está sempre acompanhando. Ele troca muitas ideias com o Renan. São amigos. Com certeza ele está assistindo. Sempre dando o feedback dele. Acho que isso é muito importante e de grande valor para todos nós.