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Alimentação nos JUBs: números impressionam e educação surpreende

1,8 mil quilos de alimentos e 1,2 mil litros de bebidas são servidos diariamente para os competidores em Maringá. Conscientização sobre cardápio e aproveitamento é destaque

Atletas contam com setor de alimentação em Maringá. Mas precisam seguir as regras (Foto: Thiago Duarte/CBDU)
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- Uma coisa muito interessante é que, quando terminam de comer, todos separam os lixos recicláveis dos orgânicos.

Essa é uma das impressões da atleta de voleibol Thalissa Moura, representante da Universidade Estácio da Amazônia (RR), sobre a praça de alimentação dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) 2018. Para a atleta, que participa pela primeira vez da competição, Maringá é palco de grandes novidades gastronômicas e culturais. Retirar os pratos das mesas e jogar os restos em lixeiras separadas – um gesto simples – a fascinou. É a educação dos participantes desta 66ª edição sendo campeã dentro e fora das quadras.

A alimentação, atividade necessária para que seja mantido o alto nível de competitividade nos jogos, possui números impressionantes nos JUBs 2018. De acordo com a coordenadora do setor, nutricionista Ellen Moura, a equipe da cozinha – composta por 45 colaboradores – começa os trabalhos às 4h da manhã e só encerra depois das 23h. São, ao todo, 19 horas ininterruptas para servir mais de 3,5 mil pessoas, entre atletas, técnicos e dirigentes vindos de todo o Brasil.

- É engraçado porque os atletas chegam azul de fome após competirem - brinca a nutricionista.

Para dar conta dos famintos, o restaurante manipula 1,8 mil quilos de alimentos por dia e possui cinco ilhas de distribuição (self-service) e 836 lugares. Em média, são servidas aproximadamente 4 mil refeições diariamente.

Os atletas aprovam os resultados de toda essa operação.

- O serviço de reposição das comidas é muito rápido. De todos as edições que eu participei, essa tem sido a melhor em todos os sentidos, inclusive na alimentação - afirma Alessander Silva, que defende o voleibol pela Universidade Nilton Lins (AM). Ele também elogia a disponibilidade de sucos concentrados.

- Eu não bebo refrigerantes, então, pego sempre o suco. Além de ser mais natural, é mais gostoso.

Ao todo, são servidos 1,2 mil litros de bebidas por dia: 700 de refrigerantes e 500 de suco.

- O refrigerante realmente não é uma das melhores escolhas, mas, se a gente tira, é reclamação na certa - brinca a coordenadora do setor.

Outro destaque dessa edição dos Jogos é a conscientização dos participantes. Quase não há desperdício de comida, mesmo com o sistema self-service. Ao contrário, segundo Ellen, os atletas estão engajados em conquistar a vitória e, por isso, têm servido apenas o necessário para manter a condição energética. Para que isso seja possível, o cardápio é balanceado e busca fornecer os componentes essenciais, como proteínas e carboidratos.

Vegetarianos e veganos

Apesar de o cardápio predileto entre os atletas ser arroz e feijão ou macarrão – responsáveis por 520 dos 1,8 mil quilos diários –, a dieta preparada pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) também considerou alimentos vegetarianos. De acordo com a nutricionista, a variação foi adotada na última edição, em Goiânia, valorizando a cultura alimentar que é crescente entre os jovens. Embora sejam menos calóricos, tais opções também são escolhidas de forma que os atletas supram a necessidade energética.

Confira abaixo alguns números sobre a alimentação dos JUBs 2018:

QUANTIDADE DE ALIMENTOS

Carnes vermelhas: 340 kg/dia

Carnes brancas: 300 kg/dia

Arroz: 200 kg/dia

Macarrão: 200 kg/dia

Feijão: 120 kg/dia

Raízes: 240 kg/dia

Bebidas: 500 l/dia (suco) e 700 l/dia (refrigerante)

Farofa: 60 kg/dia

Beterraba: 80 kg/dia

Repolho: 20 kg/dia

Alface: 240 pés/dia

Tomate: 240 kg/dia

ESTRUTURA DE COZINHA

45 colaboradores trabalhando diariamente das 4h às 23h

836 lugares no restaurante

5 ilhas de distribuição de alimentos (self-service)

4 mil refeições servidas, em média, por dia