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Perda de peso desenfreada afeta a performance dos lutadores, explica nutrólogo e influencer Sandro Ferraz

Nutrólogo e influencer Sandro Ferraz reforça a importância da adição de divisões de peso intermediárias nos eventos de MMA (Foto: arquivo pessoal)
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A perda de peso é uma das maiores controvérsias do MMA. Para buscarem uma vantagem física, lutadores chegam a perder 10, 12, em alguns casos até 20kg em poucas semanas para se adequarem à categoria que julgam ser a melhor para eles.

A maioria consegue recuperar o peso no dia seguinte; entretanto, nem todos conseguem ter uma boa performance na hora da luta. Médico nutrólogo especializado em medicina do esporte, emagrecimento e longevidade, Dr. Sandro Ferraz explicou os motivos.

"Quando os lutadores fazem uma dieta muito acentuada, eles costumam restringir muito o nível de carboidrato, e o carboidrato é o maior aliado do atleta de alto rendimento. Lógico, a musculatura é muito importante também, mas no que diz respeito à performance, ao gás, o carboidrato é essencial", frisa o especialista.

"Quando o atleta perde muito em poucos dias, ele não consegue repor 24 horas depois. Afeta muito na performance porque o nível de glicogênio gerado através do carboidrato fica muito baixo e o atleta tende a cansar muito mais rápido e ter muito menos potência nos golpes", complementa Dr. Ferraz.

Os danos causados por uma perda de peso desenfreada não são apenas físicos. De acordo com o Dr. Ferraz, que também dá dicas de saúde em suas redes sociais, o psicológico é bastante afetado, outro fator que contribui para a perda de rendimento.

"Os danos psicológicos são muito grandes. O cérebro, assim como todo nosso corpo, precisa de muita energia para trabalhar bem, e a energia oriunda do carboidrato é fundamental para o estímulo cerebral. Por isso, restringimentos abruptos causam mau humor, insônia, irritabilidade e diminuição de libido", destaca o médico e influencer.

Em 2017, a Comissão Atlética do Estado da Califórnia sugeriu a criação de categorias intermediárias. Por exemplo: entre os pesos leves (70,3kg) e os meio-médios (77,2kg) haveria a superleve (74,8kg). Alguns eventos até chegaram a adotar o sistema, mas as principais organizações de MMA do mundo, como o UFC, não.

"A adição das faixas intermediárias de peso melhoraria muito a situação, incluindo as performances. Mas é só um ponto. A cultura dos atletas também precisa mudar. Não adianta ter uma categoria intermediária e, mesmo assim, ele preferir continuar descendo para divisões mais baixas pensando que terá alguma vantagem física", conclui o Dr. Ferraz.