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Inspirado em Ali, pugilista quer repetir feito da lenda com ouro aos 18

Jovem boxeador reúne características semelhantes a lendário lutador em início de carreira e se inspira com história: 'Talvez eu esteja vivendo sua vida de novo, revivendo seu legado'

(FOTO: Divulgação)
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Existem diversas formas de homenagear Muhammad Ali na Olimpíada Rio-2016. Discursos, medalhas, demonstrações de solidariedade... Mas talvez Charles Conwell, americano da seleção olímpica de boxe, tenha a oportunidade mais especial da competição para honrar o legado deixado pela lenda, meses após sua morte. Negro, americano, finalizando o Ensino Médio e aos 18 anos de idade. Conwell tem a chance de repetir o feito de Ali de uma forma única e idêntica ao início da carreira do ícone.

Muhammad Ali foi medalha de ouro na Olimpíada de Roma, em 1960, aos 18 anos. A história dele com a competição olímpica é especial. Depois de ganhar a medalha lutando pela categoria dos meio-pesados, ele jogou a peça no Rio Ohio, irritado por ter sofrido racismo em um restaurante. Anos depois, ele recebeu uma nova medalha olímpica, recebeu honrarias pelos feitos desempenhados no esporte e foi o responsável por acender a pira olímpica na Olimpíada de Atlanta (EUA), em 1996.

Antes de subir ao ringue para sonhar repetir os feitos do ídolo, Charles conversou com o LANCE! sobre a chance que tem nas mãos. E apesar de ser um peso-médio (até 74,8kg), ele brinca com o fato de ser o atleta mais pesado da seleção americana - Ali era um meio-pesado (até 81kg).

- Sei que ele saiu do Ensino Médio aos 18 anos, e isso me dá uma chance que nem todos tem. Posso fazer a mesma coisa que ele. Fora que sou o maior lutador e mais pesado da equipe americana. É como se eu fosse o peso-pesado do time olímpico. Ele era um meio-pesado, sou o maior cara... Acho que posso honrar seu legado mantendo o meu foco na minha performance diante dos jogos. Sei que posso fazer isso e honrá-lo - refletiu o atleta, que foi eleito a "revelação do boxe americano em 2015".

Para Conwell, mais do que honrar o desempenho olímpico de Ali, ele pode reviver o legado do maior lutador de todos os tempos também fora do ringue e literalmente seguir seus passos.

- Ver o quanto Muhammad Ali era verdadeiro e expressivo... Ele era real, articulado, e isso me inspira. Talvez eu esteja vivendo sua vida de novo, revivendo seu legado. Apenas quero ser capaz de fazer a mesma coisa. Ter visto que ele fez tudo isso me faz acreditar que também posso fazer. Isso o que quero dizer. Ele me encoraja - explicou o jovem.

Para sonhar alcançar qualquer porcentagem do legado de Ali, Charles sabe que aos 18 anos precisa ter um foco redobrado. Ele credita o sucesso no quesito até aqui a sua família e seus treinadores.

- Sou jovem, então é normal ver outros jovens sempre indo a festas, fazendo tantas outras coisas. As pessoas que tenho comigo, tanto família quanto da minha equipe, me ajudam a me manter focado e garantem minha saúde mental e física. Sou como o irmão mais velho. Sou o mais pesado do time (risos). Apenas me sinto abençoado de estar aqui no Rio. Estou pronto para as Olimpíadas - afirmou.

Por fim, Conwell, nascido em Cleveland (EUA), reverenciou as recentes conquistas da cidade. Em 2016, o Cleveland Cavaliers se tornou campeão da NBA pela primeira vez e também o lutador Stipe Miocic se tornou dono do cinturão dos pesados do UFC.

- Estou tentando manter o bom momento de Cleveland. Quero levar essa medalha para Cleveland. Estou focado na minha performance e quero continuar a engrandecer o legado esportivo que se iniciou por lá - concluiu.

A caminhada de Charles Conwell rumo ao ouro pela categoria dos médios começa nesta terça-feira, em confronto contra o indiano Krishan Vikas.