Lutas

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Nova regra gera discórdia: ‘Boxe feminino sempre em segundo plano’

LANCE! repercute com atletas e treinador mudança que estreia na Olimpíada do Rio-2016

(Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br)
Escrito por

A Olimpíada Rio-2016 terá novas regras no boxe. Para se aproximar das regras da competição profissional, a AIBA (Associação Internacional de Boxe Amador) definiu desde 2013 mudanças que proíbem o uso de capacetes para homens, liberou o uso de esparadrapo na bandagem e ajustou os critérios de pontuação. Diante da primeira Olimpíada sob a nova regra, alguns lutadores trataram a mudança como irrelevante, ao contrário da brasileira Adriana Araújo  - a nova regra não contempla o boxe feminino.

A AIBA declara que as mudanças só foram permitidas no boxe masculino devido a diversos estudos e testes. Como os mesmos não foram realizados com atletas mulheres, a decisão sobre mudar a regra para elas foi adiada. O assunto incomoda Adriana, medalha de bronze em Londres-2012 e peso ligeiro feminino que estreia no dia 12 de agosto na competição olímpica.

- Infelizmente não vamos experimentar algumas regras. Queria que ela contemplasse as mulheres também, mas infelizmente o boxe feminino fica sempre em segundo plano. Agora é esperar que dê certo no masculino para vir para nós, mulheres - reclamou.

Já para os homens, o assunto é tratado com irrelevância. Robeisy Ramírez, medalha de ouro pelo peso mosca em Londres-2012 e competidor peso-galo em 2016, o não uso do capacete, por exemplo, até ajuda.

- O capacete me atrapalhava, às vezes saía do lugar. Era um pouco incômodo. Sim, protegia, mas creio que agora é melhor. Não representa nenhum inconveniente, pelo menos para o boxe cubano. Garanto - comentou.

Claudio Ayres, treinador da Seleção Brasileira, também não vê grandes problemas na nova regra. Ele acha que o uso ou não do capacete é uma decisão mais visual para o esporte e não teme que a falta da proteção gere cortes nos rostos dos atletas durante os combates.

- Não muda nada, não. Acho que a AIBA já vem estudando isso há muito tempo. Chegaram num denominador final com o COI (Comitê Olímpico Internacional). Não vai mudar muito. É só uma coisa visual para quem assiste pela televisão. Sobre possíveis cortes, a AIBA tem uns especialistas e médicos para cuidar disso. Quando eles acharem que algo é perigoso, eles vão preservar a integridade física do atleta - ponderou.

As competições do boxe na Olimpíada Rio-2016 começam neste sábado.