Avatar
Lance!
São Paulo (SP)
Dia 05/09/2025
07:46
Compartilhar

Samuel Osei Kuffour nasceu em 3 de setembro de 1976, em Kumasi, Gana, e desde cedo destacou-se pelo porte físico e pelo talento para defender. O futebol, para ele, foi não apenas um caminho de sucesso profissional, mas também a oportunidade de levar o nome de seu país ao cenário mundial. Seu estilo combativo e sua liderança em campo o transformaram em um dos zagueiros africanos mais respeitados de sua geração. O Lance! conta por onde anda Samuel Kuffour.

➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte

Trajetória de sucesso

Ainda jovem, Kuffour chamou a atenção no cenário internacional. Aos 15 anos, deixou Gana para jogar no Torino, na Itália, abrindo portas para a carreira que se seguiria na Europa. Sua maturidade precoce ficou evidente quando, aos 18 anos, tornou-se o defensor mais jovem a marcar um gol na história da Liga dos Campeões da UEFA, em 1994, contra o Spartak Moscou.

A consagração, no entanto, viria no Bayern de Munique, clube que defendeu por mais de uma década. Foram títulos nacionais e internacionais, incluindo a glória da Liga dos Campeões em 2001. Seu choro de frustração após a derrota para o Manchester United na final de 1999 virou símbolo de paixão e entrega, marcando para sempre sua relação com os torcedores bávaros.

Na seleção de Gana, Kuffour também fez história. Atuou em cinco Copas Africanas de Nações e disputou a Copa do Mundo de 2006, além de ter conquistado a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1992, ainda adolescente. Sua presença sólida na defesa foi fundamental para o crescimento dos Black Stars no futebol internacional.

Reconhecido por sua trajetória, foi eleito pela Confederação Africana de Futebol (CAF) como um dos 30 maiores jogadores africanos de todos os tempos. A mistura de força física, disciplina tática e carisma fez de Kuffour não apenas um ícone esportivo, mas também um embaixador de Gana no mundo.

Por onde anda Samuel Kuffour

Após se aposentar dos gramados em 2009, Samuel Kuffour seguiu envolvido com o futebol em diferentes funções. Logo no início da nova fase, tornou-se comentarista esportivo do canal sul-africano SuperSport, participando de coberturas como a Copa do Mundo de 2010.

Além da carreira como analista, também assumiu cargos de gestão. Em 2013, foi nomeado membro do conselho do Asante Kotoko, clube mais tradicional de Gana. No ano seguinte, chegou a ser anunciado como CEO do time, função que não se consolidou por divergências internas.

Mais tarde, expandiu sua participação na estrutura do futebol nacional. Em 2016, integrou a comissão da seleção sub-17 de Gana, e em 2020 foi oficialmente nomeado membro do conselho de gestão da seleção principal dos Black Stars, reforçando seu papel de liderança no desenvolvimento do futebol ganês.

Hoje, além de seguir atuando como comentarista e dirigente, Kuffour dedica-se também à vida pessoal e à família. Cristão devoto, superou tragédias pessoais, como a perda de sua filha em 2003, e segue ativo como referência moral e esportiva no continente africano.

Clubes que Samuel Kuffour defendeu

  1. Torino (1991–1993) – Primeiro clube europeu da carreira, onde chegou ainda adolescente, vindo diretamente de Kumasi.
  2. Bayern de Munique (1993–2005) – Clube em que construiu sua maior história. Foram 11 temporadas, mais de 175 jogos na Bundesliga e 14 títulos, incluindo a Liga dos Campeões da UEFA (2001) e a Copa Intercontinental, em que foi eleito melhor em campo.
  3. FC Nürnberg (1995–1996, empréstimo) – Período de adaptação no futebol alemão, ganhando experiência na 2ª divisão.
  4. Roma (2005–2008) – Transferiu-se para a Itália, onde teve início promissor, mas perdeu espaço e acabou emprestado.
  5. Livorno (2006–2007, empréstimo) – Voltou a atuar com regularidade na Serie A.
  6. Ajax (2008, empréstimo) – Curta passagem pelo clube holandês, sem conseguir se firmar.
  7. Asante Kotoko (2009) – Encerrou a carreira no clube de sua terra natal, retornando a Gana após quase duas décadas no exterior.

No total, Kuffour acumulou 228 jogos e 8 gols em clubes, além de mais de 60 partidas na Liga dos Campeões. Pela seleção de Gana, foram 54 jogos e 3 gols, com destaque para a medalha olímpica de bronze em 1992.

Siga o Lance! no Google News