Ex-tenista. Um dos maiores nomes da história do esporte. Bilionário. Roger Federer construiu uma carreira e um legado proporcionais ao dinheiro que acumulou e ao capital que faz girar. Mas não sozinho. Agente do suíço há mais de 20 anos, o estadunidense Tony Godsick concedeu entrevista ao site Handle Up e lembrou algumas histórias que ajudam a dimensionar o sucesso também financeiro do ex-jogador. Como o caso do encerramento contratual com a Nike.
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Em 2018, com a carreira de Federar caminhando para o final, a parceria de 23 nos entre o ainda jogador e a empresa americana acabou. Não haveria renovação daquele vínculo. O que acabou por ser um salto enorme na possibilidade de ganhos para o representado de Godsick.
- Na verdade, não acho que ele tenha deixado a Nike. Sim, acho que, de certa forma, foi a Nike que deixou ele. Roger teve um relacionamento incrível por 24 anos, acredito, com a Nike - afirmou Godsick. E prosseguiu na conversa com o entrevistador Joe Pompliano:
- Eu simplesmente não conseguia acreditar. Eu tinha - e não acho que algum dia vou mostrar - uma apresentação incrível que montamos sobre por que a Nike deveria manter Roger. Ele tinha o maior número de títulos de Grand Slam da história, era certamente um dos atletas mais simpáticos e bem-comportados e eu estava preparando uma proposta explicando por que deveriam mantê-lo. Naquele momento, eu também tentava convencer a Nike de que Roger tinha muitas ambições ligadas a estilo de vida, roupas casuais - completou.
De nada adiantou. A parceria chegou ao fim. Mas significou o início de outros dois contratos de Federer: com a empresa de calçados On e com a marca de roupas Uniqlo. E com modelos de parceria financeiramente mais vantajosos.
Laver Cup
Roger Federer foi um dos criadores e é embaixador da Laver Cup, competição itinerante entre tenistas da Europa contra tenistas de outros continentes. Já se foram oito edições. Mais um negócio que deu certo apesar dos entraves e que, por isso, orgulha Godsick.
- Eu trabalho no esporte e no negócio do tênis há mais de 30 anos. E se você acha que os Estados Unidos são brutais, a política no tênis é igualmente. Isso se não for mais complicada. Ninguém gosta de ver mudanças ou novos eventos porque sente que isso pisa em seus calos. Mas se você não inova, você fica estagnado - ponderou o empresário, que acrescentou não querer rivalizar com a tradicional competição entre seleções:
- Nós não criamos a Laver Cup para competir com a Davis Cup. O formato é completamente diferente - destacou.
O projeto é fazer a competição ter mais etapas. Financeiramente, contudo, já há satisfação com o resultado até aqui:
- Conseguimos nos consolidar. Vendemos todos os ingressos, temos 22 patrocinadores e os jogadores gostam. Estamos nos movimentando, espalhando a palavra sobre o tênis num momento em que temos competição de outros esportes de raquete. Então, para nós, o futuro é muito promissor e estamos realmente animados com o que está por vir - acredita.