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Nathalia Gomes
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 06/09/2025
09:46
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O Real Madrid se esforça para se manter entre os melhores clubes do mundo, e o investimento na área médica não é exceção. De acordo com o jornal "Marca", a diretoria apostou em uma 'arma poderosa' para minimizar o número de lesões, especialmente musculares: a inteligência artificial.

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O aumento de jogadores no departamento médico na última temporada - em torno de 40 - assustou o Real Madrid, que decidiu inovar e se tornar o primeiro clube a usar a tecnologia para detectar possíveis problemas musculares antes das lesões.

Diferentemente dos demais clubes, que usam GPS, monitores de frequência cardíaca e até questionários personalizados para monitorar as condições físicas de seus jogadores, o Real Madrid adicionou a inteligência artificial como fonte de dados para alertar sobre possível risco de lesão.

A tecnologia coleta todos os dados médicos de cada atleta, de forma totalmente personalizada, e emite um alerta em caso de risco. O alarme é disparado com base na diminuição de certos valores, como PhA, aumento de certos metabólitos na urina ou sobrecarga de sprint em um jogador específico.

A mudança no departamento médico do Real Madrid já começou desde o início da temporada, no entanto, o projeto segue sendo implementado e pode demorar entre dois e três meses para sua conclusão total.

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Como funciona a IA aliada à medicina no Real Madrid

Os serviços médicos do Real Madrid adicionaram duas novas métricas às fontes tradicionais de informação, dois parâmetros que auxiliam na detecção precoce de possíveis lesões: a BIA setorial e Metabolômica.

O objetivo é dar o alarme caso os valores de um jogador se desviem dos considerados normais. Quando isso acontece, o departamento médico aciona a comissão como instrução de dar descanso ao jogador ou limitar seu tempo de jogo (45 minutos, 60 minutos, etc.) a fim de prevenir lesões.

BIA setorial

O primeiro desses parâmetros é a BIA setorial, que permite analisar aspectos como resistência, reatância (velocidade de reação) e o já citado PhA, ou 'ângulo de fase'. Essa métrica é responsável por detectar fadiga muscular oculta, inflamações ou microlesões, que em muitos casos passam despercebidas até mesmo pelos próprios jogadores.

Com base nos dados fornecidos pelo PhA (uma espécie de psíquico ou oráculo), a BIA setorial obtém informações como a temperatura diária das células dos futebolistas, e, graças à soma de todas essas informações, podem ser detectadas até as menores alterações em músculos como os isquiotibiais, abdutores ou adutores, que costumam gerar a maioria das lesões musculares ao longo da temporada. A IA envia, assim, um aviso de quando é aconselhável interromper ou reduzir as cargas de trabalho para evitar que a temida lesão ocorra.

Metabolômica

A segunda métrica é a metabolômica . Essa técnica analisa os metabólitos presentes na urina e no sangue. Ela fornece a impressão digital química do esforço, ou seja, o que acontece no corpo de um jogador após cada partida ou sessão de treinamento.

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