O futebol é um sonho coletivo, mas um caminho solitário. E foi justamente nesse espaço entre o sonho e a realidade que nasceu o Geração de Atletas (GA), um projeto idealizado por quatro ex-jogadores que viveram, na pele, as dificuldades de quem tenta chegar ao profissional sem estrutura, informação ou suporte.
— Nós quatro sonhamos em ser jogadores e quebramos a cara demais. Passamos por escolinhas, projetos e clubes menores, mas nunca tivemos acesso a uma estrutura de verdade — relembra Pedro Silva, ex-jogador e um dos idealizadores do projeto.
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— A gente enfrentou as mesmas barreiras que a maioria dos meninos enfrenta. Foi quando entendemos que, se o futebol não oferecia o suporte que precisávamos, nós poderíamos criá-lo — segue.
Criado em 2019 e consolidado durante a pandemia, o projeto nasceu e foi aperfeiçoado por quatro profissionais: Augusto Cunha, Gustavo Cunha, Pedro Silva e Renato Fenasc. A proposta era de democratizar o acesso a uma preparação física e mental de nível Champions League, oferecendo treinamentos de elite adaptados à realidade de cada jogador.
—O jogador de escolinha não encontra em outro lugar um treino tão transformador por um preço tão acessível. É o mesmo nível que os profissionais de elite fazem, só que adequado à idade e à fase do atleta — explica Pedro.
O crescimento foi natural, impulsionado pela demanda de jovens e famílias em busca de algo além dos treinos convencionais. Agora, com a inauguração do estúdio presencial em São Paulo, o Geração de Atletas inicia uma nova fase.
— Somos um complemento extra-clube. Não nascemos para ser time, categoria de base, nada disso. Nascemos para ser o braço direito do jogador. O futebol é um funil cruel, e o nosso papel é oferecer o diferencial que pode mudar a trajetória de quem sonha em chegar — comenta.
Com base em métodos científicos e práticas utilizadas por clubes e jogadores de elite, o GA trabalha os quatro pilares da performance (técnico, físico, tático e mental) aliados à formação pessoal.
— O futebol atual treina o atleta, mas abandona o homem. Nós acreditamos que a solução está em cuidar das duas coisas: corpo e personalidade. Porque o jogador passa, mas o homem fica — disse.
O projeto também busca romper uma das maiores distorções da cultura esportiva brasileira: a ideia de que é preciso escolher entre futebol e estudo.
— A gente não vê futebol e educação como duas coisas separadas. Queremos formar o ser humano por trás do jogador. Não adianta jogar muito no campo e quebrar a bola na vida — afirma Pedro.
O propósito é ambicioso, mas claro: transformar o mundo por meio do futebol.
— O esporte é um caminho profissional para alguns, mas, se usado da forma certa, pode ser um caminho de formação pessoal para todos — resume o idealizador.
Com mentores que atuam em clubes da Série A, Seleção Brasileira e futebol europeu, o Geração de Atletas oferece um acompanhamento individualizado e de alto nível, com foco na longevidade da carreira e no equilíbrio emocional.
— O futebol de elite é feito de detalhes, e nós existimos para olhar o detalhe do detalhe. Para que cada atleta possa entregar o seu melhor, no campo e fora dele — destaca.
Já foram mais de 10.000 jogadores atendidos nos últimos anos com destaque para jogadores como Dieguinho, hoje jogador profissional do Corinthians; Antonio Xavier, jogador que saiu da várzea no Maranhão aos 19 anos e que hoje joga na Coreia do Sul; Guilherme Campos, atual jogador do sub-17 do Cruzeiro; Luiz Antonio, atual jogador sub-17 do Corinthians; e Aytor Reis, jogador com passagem pelo Rayo Vallecano da Espanha.
— Nosso objetivo é oferecer o que nós não tivemos lá atrás: um caminho claro, humano e profissional, para que cada jogador possa chegar o mais longe possível, dentro e fora do campo — finaliza.