Novo bloco de clubes para novos interesses na venda de direitos de transmissão, a Libra foi surpreendida após a Justiça do Rio de Janeiro conceder liminar ao Flamengo travando pagamentos de uma das parcelas do Brasileirão. Até o momento, R$ 77 milhões foram retidos.

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A Libra, em nota divulgada, repudiou a decisão da atual gestão rubro-negra, apontando "interesse particular de curto prazo", prejudicando outros clubes em fluxo de caixa. O bloco tenta reverter o cenário.

Do outro lado, o Flamengo adota postura, a princípio, irredutível e contesta a forma de distribuição dos valores do pay-per-view (PPV) do Campeonato Brasileiro de 2025. O Rubro-Negro, do presidente Luiz Eduardo Baptista, o BAP, vê perda estimada de R$ 100 milhões.

Trofeu da Série A do Brasileirão 2025 (foto: Joilson Marconne/CBF)

— Sabe quando vou aceitar receber 3,5 vezes a mais do que os clubes pequenos? Nunca! Não vai acontecer acordo nessas condições. O Flamengo não será desapropriado. Isso é a desapropriação de um ativo que é nosso por nenhuma razão, nenhum critério, nenhum mérito que possa ser aventado — disse o mandatário do clube carioca, em entrevista.

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Leia a nota oficial da Libra sobre o caso:

A LiBRA repudia a decisão unilateral e repentina da atual gestão do Flamengo, que moveu ação judicial contra o conjunto de clubes do qual faz parte, bloqueando repasses financeiros consagrados em contrato e desgastando a harmonia do grupo ao questionar acordos já pacificados. O clube alega prejuízo dentro de um contrato bilionário, o que não condiz com sua situação financeira. A medida extrema confirma uma postura que privilegia o interesse particular de curto prazo, quando na verdade os verdadeiros prejudicados são os times que contam com esse dinheiro para seu fluxo de caixa, pagamento de contas e salários.

A LiBRA sempre se dedicou a atender aos interesses dos associados, incluindo questionamentos do Flamengo em relação ao modelo vigente. Mesmo se tratando de um tema debatido exaustivamente no passado, o assunto voltou à pauta e foi submetido à vontade democrática de todos os membros, que votaram pela manutenção do formato atual. A instituição não poupará esforços para defender na justiça a legitimidade das decisões coletivas e o cumprimento dos contratos.

A entidade, junto com seus clubes, visa proteger os interesses da ampla maioria dos clubes que acreditam na construção conjunta, no respeito aos acordos e no fortalecimento do futebol brasileiro. Ressalta, ainda, que a discordância e o necessário enfrentamento legal são direcionados exclusivamente à conduta da atual gestão do clube rubro-negro, que insiste em não respeitar compromissos assumidos e contratos assinados pela instituição Clube de Regatas do Flamengo, preservando o respeito da entidade pela história e pela torcida de seu clube associado.

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