Com 415 milhões de visualizações na temporada passada, a NBA está crescendo cada vez mais no mercado brasileiro. Com isso, o aplicativo "Flashscore", do tcheco botafoguense Pavel Krbec, irá lançar mais um app. O "Follow Player", que vai permitir aos usuários o acompanhamento dos atletas de basquete e de Hóquei no Gelo.

Os dados do aplicativo tcheco registraram um crescimento significativo no interesse dos brasileiros por esportes americanos, especialmente o basquete, o segundo esporte mais consumido no Brasil. Em comparação ao futebol, enquanto o basquete possui 450 milhões de visualizações nos últimos 12 meses, o futebol registrou, no mesmo período de tempo, 22 bilhões de visualizações no Brasil.

No basquete, já estão disponíveis notificações de Starting Lineups e Rating, e futuras atualizações incluirão alertas sobre partidas de jogadores favoritos, atletas em destaque, notícias, estatísticas de temporada e top performances. O lançamento da nova plataforma está previsto para dezembro de 2025.

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Alexandre Vasconcellos, diretor regional do "Flashscore" no Brasil, afirmou que o objetivo do novo app é permitir que os fãs brasileiros acompanhem os números e as estatísticas dos seus atletas favoritos com mais facilidade e acessibilidade.

- O brasileiro demonstra grande interesse por basquete, e agora pode acompanhar cada lance e desempenho de forma detalhada - disse o representante.

- Queremos que o torcedor tenha acesso a informações relevantes sobre o desempenho dos jogadores, mesmo acompanhando pelo celular - concluiu Vasconcellos.

Stephen Curry, do Golden State Warriors, lidera a lista de venda de camisas na NBA (Foto: Reprodução/X/@warriors)

Além do basquete, outro esporte vem chamando a atenção dos desenvolvedores do aplicativo. O hóquei no gelo também está crescendo em território brasileiro. No último ano, sete milhões de pessoas procuraram por mais informações sobre a modalidade.

E os brasileiros em quadra na NBA?

Texto de Pedro Werneck

A NBA se consolida como liga global não só pelo público diverso, mas também pelos jogadores, que impulsionam o consumo ao redor do planeta. São 125 jogadores de fora dos Estados Unidos na liga, com 43 países representados. O Brasil, porém, conta com apenas um: Gui Santos, do Golden State Warriors. Apesar de torcer para o crescimento do número de brasileiros nas quadras americanas, Gustavo Coelho não enxerga isso como um problema para o mercado.

- Muitas modalidades são dependentes de atletas e personalidades brasileiros, mas a NBA é popular sem nunca ter tido um brasileiro MVP ou top-5, apesar de vários com carreiras incríveis. Fica abaixo do futebol, mas possivelmente a popularidade ganha de qualquer outro esporte. Esses astros, como Steph Curry, LeBron James, Luka Dončić e Giannis Antetokounmpo, têm muito apelo. Muita gente se envolve, torce. A NBA é uma exceção, não depende de um brasileiro arrebentando. As marcas das franquias da NBA carregam um peso comparável aos grandes times de futebol do mundo - opinou.

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O continente estrangeiro de mais destaque na NBA é certamente a Europa, de onde saíram lendas como Dirk Nowitzki e Tony Parker e muitas das atuais caras da liga, exemplos de Nikola Jokić e Giannis Antetokounmpo, vencedores de cinco dos últimos seis prêmios de MVP.

No entanto, a Europa encara um desafio grande para a popularidade da liga americana: o fuso. Por mais que franceses queiram acompanhar o sucesso do jovem Victor Wembanyama e espanhóis anseiem por seguir o esloveno Luka Dončić, ex-Real Madrid, nem sempre os horários das partidas são amigáveis.

Apenas 1/3 dos fãs europeus da NBA assistem aos jogos ao vivo. Com isso, o Prime Video precisa estabelecer estratégias diferentes no Velho Continente, focando na exibição de melhores momentos e VTs nas manhãs seguintes aos duelos. Para isso, contarão com a ajuda de Inteligência Artificial para agilizar o processo na próxima temporada.

O Brasil, por outro lado, é beneficiado pelo fuso horário mais próximo. Por mais que jogos realizados na costa oeste dos Estados Unidos possam começar relativamente tarde, por volta de 00h, as partidas da costa leste se iniciam em horário nobre. Esse é mais um motivo para a NBA e suas detentoras de direitos de transmissão olharem com muito carinho para o público brasileiro.

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