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Entre lágrimas e gols, Pedro Rocha renova sonho de ser ídolo no Grêmio

Atacante de 22 anos marcou dois golaços contra o Atlético-MG e deixou o Grêmio perto de encerrar jejum de 15 anos. Garoto sonha em escrever seu nome na história do clube

Autor de dois gols no Mineirão, o garoto Pedro Rocha foi muito mais herói que vilão (foto: Lucas Uebel/Grêmio)
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- Eu tenho o sonho de ser ídolo em um time como o Grêmio.

A frase foi dita por Pedro Rocha em entrevista ao LANCE!, pouco antes da final da Copa do Brasil. O jovem atacante - titular no esquema de Renato Portaluppi - se habituou a conviver com a desconfiança da torcida, que prefere Éverton no setor. Ou preferia. Na noite de quarta-feira, Pedro Rocha mostrou a que veio aos marcar dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG e deixar o ansiado título do Grêmio bem encaminhado.

O protagonismo do garoto no Mineirão não parou por aí. Advertido por tirar a camisa na comemoração do segundo gol, Pedro fez falta dura em Carlos César e foi expulso. No túnel, chorou. E lamentou não poder estar na decisão. De cabeça mais fria no dia seguinte à partida, o camisa 32 pareceu mais tranquilo e reconheceu ter sido muito mais herói que vilão.

- Foi uma emoção muito grande. Fizemos um grande jogo, não só eu, mas todo o time do Grêmio. Fiquei feliz pela minha atuação, tanto que tirei a camisa no calor do momento e acabei me prejudicando. São coisas que acontecem. Não era o que eu queria. Fico triste por estar fora da grade final em Porto Alegre, mas mais feliz por poder ajudar a equipe com os gols - disse o garoto, cuja carreira começou em uma escolinha do Galo, ao L!.

Pedro Rocha saiu de campo aos 21 minutos, desabou em lágrimas no banco de reservas e foi consolado por Renato Gaúcho. Após o jogo, o treinador disse que a expulsão foi justa, mas manteve o respaldo ao garoto, a exemplo do que costuma fazer diante da torcida.

- Ele (Renato) parabenizou todo o grupo pela entrega, pela atuação. Disse palavras positivas, de incentivo. Meus companheiros também me tranquilizaram e falaram que a expulsão faz parte do futebol - explicou.

Mesmo em vantagem após a vitória em Belo Horizonte (que culminou na demissão do técnico Marcelo Oliveira), o Grêmio mantém o discurso de "manter os pés no chão" para conquistar o pentacampeonato. O grupo sabe que a taça não está garantida e irá trabalhar forte para repetir a boa atuação diante da torcida, na Arena, na próxima quarta-feira. 

- Maicon fez questão de lembrar que nada está ganho. Precisamos repetir a dose e fazer um grande jogo em casa. Não dá para entrar em campo como quem já ganhou. Fico triste por estar fora, mas nosso time vai entrar em campo determinado a ser campeão - completou o jogador.

Como lembrou o capitão gremista ao garoto, não há nada garantido. Porém, os golaços no Mineirão deixaram Pedro Rocha próximo de realizar o "sonho" de escrever seu nome na história do Grêmio. Afinal, entre gols, cartões e lágrimas, ele será lembrado como o jovem atacante que deixou a torcida a um passo de soltar um grito preso há 15 anos na garganta.

Bate-bola com Pedro Rocha, atacante do Grêmio:
'A estrela de Renato Gaúcho ajudou. O time comprou a ideia dele'

Qual o papel de Renato Gaúcho na boa campanha tricolor?
- O professor Renato chegou, me deu confiança e consigo corresponder dentro de campo. Acredito que cada jogador tem sua melhor fase. Renato deu espaço ao Douglas, por exemplo, que reencontrou seu melhor futebol. E aqui cada um está procurando fazer o seu melhor, tanto é que chegamos à final. Claro que tem a estrela do treinador também, a gente comprou a ideia dele, fechou com ele e estamos caminhando bem.

E qual é a ideia do treinador?
A ideia de um treinador identificado com o Grêmio. Ele é um ídolo que sabe tudo o que acontece dentro e fora de campo. Sabe o que nos ensinar, o que nos falar para tirar o máximo de nós.

Quais são seus planos para o futuro?
Tenho contrato com o Grêmio até o final do ano que vem. Quero terminar bem o Campeonato Brasileiro, ser campeão da Copa do Brasil. Também tenho o sonho de ser ídolo em um time como o Grêmio. Sonhei muito com isso. Estou nessa luta, batalhando. E quero chegar à Seleção Brasileira. Vou, pouco a pouco, buscando conquistar meus objetivos.