O ex-goleiro Roberto Costa, 70 anos, lançará uma biografia na sexta-feira (10), na Arena da Baixada. Com duas Bolas de Ouro, da revista Placar, ele teve passagens por Santos, Criciúma, Athletico, Coritiba, Vasco da Gama e Internacional.

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Escrito pelo jornalista Josias Lacour, o livro de 228 páginas traz a trajetória de um grande personagem do futebol paranaense e brasileiro. Roberto Costa, por exemplo, é o único goleiro do Brasil a conquistar o prêmio Bola de Ouro, da revista Placar, em duas oportunidades: 1983 e 1984.

Natural de Santos, Roberto Costa começou nas categorias de base do Peixe, em 1972, e saiu para o Criciúma em 1976. Dois anos depois, ele se transferiu para o Athletico e virou ídolo.

Pelo Furacão, ele conquistou o bicampeonato paranaense (1982-83), com um breve passagem de três meses pelo rival Coxa em 1981. Além disso, o goleiro foi titular e destaque na campanha de semifinalista do Brasileirão de 1983, quando o Athletico ficou em terceiro e foi eliminado pelo Flamengo, que se sagrou campeão.

- Os melhores momentos de minha carreira, eu vivi na Baixada, no velho e lendário Estádio Joaquim Américo. Minha identificação com o Athletico é tanta que, antes de defender o clube, eu torcia para o Santos. Hoje sou atleticano. Eu e toda a minha família - declarou.

Apelidado de “Mão de Anjo”, com 1,85m, o goleiro acertou com o Vasco no segundo semestre de 1983 e foi lá que virou "Roberto Costa" para se diferenciar de outro Roberto do elenco, o Dinamite. Ele ganhou a posição de Acácio no ano seguinte, brilhou na campanha do vice do Brasileiro, perdido para o Fluminense, e novamente levou a Bola de Ouro.

Com destaque nos clubes, Roberto Costa chegou à Seleção Brasileira em 1984 e atuou em um amistoso contra a Inglaterra, no Maracanã, mas não ganhou sequência. Um ano depois, o goleiro atuou no Inter, passou pelo América-SP depois e voltou ao Athletico em 1987.

O goleiro, que ainda atuou no Noroeste-SP, Esportivo-MG, Flamengo-MG, Taguatinga-DF e Caldense, encerrou a carreira em 1990, mas não largou o futebol e jogou a tradicional Suburbana de Curitiba de 1991 a 1993, pelo Vila Fanny. Em paralelo, ele também passou a trabalhar como preparador de goleiros.

Na nova carreira, ficou dois anos no Coritiba e conquistou o acesso na Série B em 1995, com o Furacão sendo campeão. Depois teve uma pequena passagem pela Arábia Saudita e na base do Londrina até acertar com o Foz do Iguaçu, onde fixou residência e, posteriormente, trabalhou com escolinhas de futebol.

Sérgio Moura, Nivaldo, Roberto Costa e Flávio Mendes, com conquistas pelo Athletico, já foram homenageados na Arena da Baixada. Foto: Divulgação/Athletico

Roberto Costa ganhou duas Bolas de Ouro, da Placar

Em 1983, pelo Athletico, Roberto Costa ganhou a primeira Bola de Ouro como melhor jogador do Brasileirão. A nota média feita pela revista foi de 8,41, acima de grandes nomes, como Junior, do Flamengo, Eder Aleixo e Reinaldo, do Atlético-MG, Paulo Isidoro e Pita, do Santos, além de Careca, do São Paulo.

No ano seguinte, pelo Vasco, o goleiro ganhou novamente a Bola de Ouro com grandes atuações. Ele ficou à frente de Washington e Assis, do Fluminense, Valdo e Renato Gaúcho, do Grêmio, além de Sócrates, do Corinthians, e do próprio Roberto Dinamite, do Vasco e que foi artilheiro daquele Brasileiro.

Com essas conquistas, Roberto Costa é o único goleiro a ganhar o prêmio duas vezes. Outros arqueiros até levaram a Bola de Ouro, mas apenas uma vez: Cejas (1973), Valdir Peres (1975), Taffarel (1988) e Rogério Ceni (2008).

Além de Roberto Costa, outros cinco jogadores ganharam dois prêmios da revista: Figueroa (1972 e 1976), Falcão (1978 e 1979), Toninho Cerezo (1979 e 1980), Zico (1974 e 1982) e César Sampaio (1990 e 1993).

Evento da biografia de Roberto Costa

O evento de lançamento do livro impresso acontece em uma choperia dentro da Arena da Baixada, das 18h às 21h. O preço da biografia de Roberto Costa é de R$ 80.

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