A ação do Flamengo que questiona na Justiça parte da divisão da receita do acordo de transmissão da Libra foi a gota d'água para que o Atlético-MG decidisse deixar o grupo e voltar à LFU. Na nota em que anuncia a troca de grupo, o clube mineiro não cita nomes, mas o CEO do Atlético-MG, Bruno Muzzi deixou claro a desavença com o rubro-negro carioca.
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Há um mês, o Flamengo acionou a Justiça do Rio para bloquear uma parcela dos direitos de transmissão paga pelo Grupo Globo à Libra. O clube não concorda com a divisão de parte das receitas, e pediu o bloqueio até que a questão seja definida.
A ação na Justiça irritou os outros integrantes da Libra, já que a maioria deles contava com a entrada dos recursos para ter fluxo de caixa. O Atlético-MG foi um dos afetados.
— Essa é uma decisão que já vinha sendo pensada há um tempo. O Atlético-MG não compactua com essa visão individualista que, principalmente, o Flamengo vem tendo — declarou Muzzi, em entrevista à "Rádio Itatiaia".
— O Atlético-MG sempre foi muito bem recebido por todos os associados à Libra. A relação, exceto com o Flamengo, que só tumultuou, é muito saudável. Tenho certeza de que os clubes entenderão e, eventualmente, vão repensar suas posições também — acrescentou o executivo.
Da LFU à Libra, e de volta à LFU: CEO do Atlético-MG justifica
Em 2022, o clube mineiro foi um dos articuladores da criação da criação da LFU, mas migrou para a Libra no ano seguinte. Bruno Muzzi explicou esse vaivém.
— Naquele momento, achávamos que era o movimento mais adequado, havia mais segurança nas tratativas. Mas a LFU também fez um bom trabalho, e os acontecimentos recentes nos levaram a rever nossa posição — declarou o CEO do Atlético-MG.
O Flamengo ainda não se manifestou sobre as declarações do executivo atleticano. O espaço segue aberto.