Em um mundo cada vez mais globalizado, com o crescente fluxo migratório de pessoas que deixam seus países de origem, torna-se cada vez mais comum observar uma maior diversidade e multiculturalidade no esporte mais popular do planeta. Um exemplo emblemático dessa realidade é a seleção dos Emirados Árabes Unidos, que pode garantir vaga em uma Copa do Mundo após 36 anos de ausência, contando com a participação de jogadores nascidos no Brasil para carimbar o passaporte internacional.

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A seleção dos Emirados Árabes enfrenta o Catar nesta terça-feira (14), às 14h (de Brasília), em partida válida pelo Grupo B das Eliminatórias Asiáticas para a Copa do Mundo de 2026. A equipe precisa apenas de um empate para garantir sua segunda participação no torneio. A única vez em que disputaram o Mundial foi em 1990, sob o comando do brasileiro Carlos Alberto Parreira, quando foram eliminados na fase de grupos, com três derrotas. Agora, o sonho de retornar à competição — que será realizada nos Estados Unidos, México e Canadá — volta a ganhar força com forte influência do Brasil.

Heróis nacionais? 💪

A classificação pode estar próxima, mas a campanha nas Eliminatórias tem sido marcada por desafios e decisões suadas. No último sábado (11), a equipe conquistou uma vitória sofrida por 2 a 1 sobre Omã, em duelo decisivo pelo Grupo B. Após sair atrás no placar com um gol contra de Kouame Autonne, os emiradenses só conseguiram reagir na segunda metade do segundo tempo.

Aos 31', o lateral-direito Marcus Meloni apareceu como elemento surpresa na área e empatou de cabeça. Pouco depois, outra bola alçada resultou na virada: Caio Lucas bateu para o gol e, mesmo sem desvio, a bola morreu nas redes. Além da dupla, a seleção conta com outros cinco jogadores brasileiros: o zagueiro Lucas Pimenta (ex-Botafogo), o lateral-esquerdo Erik (ex-Internacional), os meias Fábio Lima (com passagens por Atlético-GO e Vasco) e Caio Canedo (Botafogo, Internacional), além do atacante Bruno Oliveira (ex-Novorizontino).

Caio Lucas comemora o segundo gol dos Emirados Árabes na vitória sobre Omã pelas Eliminatórias, em Doha (Foto: Karim Jaafar/AFP)

Na vitória sobre Omã, Pimenta e Lima foram titulares, Canedo entrou no segundo tempo e os demais permaneceram no banco. Desde 2019, os Emirados Árabes adotaram uma política de naturalização mais agressiva, aproveitando a regra da Fifa que permite que jogadores sem vínculo familiar com o país possam defender uma seleção caso residam nela por, no mínimo, cinco anos.

Além dos jogadores nascidos no Brasil, a seleção nacional também conta com atletas naturalizados de outras partes do mundo. Entre os nomes que reforçam a equipe asiática estão jogadores oriundos da Argentina, Marrocos, Portugal, Sérvia, Tunísia, Costa do Marfim e Inglaterra.

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