Recém-chegado ao futebol da Indonésia, Marquinhos Santos vive um processo de adaptação marcado por desafios culturais e exigências esportivas distintas das que estava habituado no Brasil. O treinador assumiu o comando do Arema FC há alguns meses e, nesta fase inicial, avaliou como tem sido o período de transição dentro e fora de campo. O técnico ressaltou que o primeiro impacto no país asiático envolveu compreender uma realidade completamente nova, tanto no cotidiano quanto no modo de jogar da liga local.
— A adaptação demorou um pouco, pois se trata de uma cultura totalmente diferente e desafiadora. No entanto, é um povo muito cordial e respeitoso. Desportivamente também enfrentamos certa dificuldade, já que o modelo de jogo é pautado em bastante intensidade e é extremamente vertical, com muitas transições — admitiu o treinador
Visão sobre a temporada e análise do futebol indonésio
Ao projetar as próximas rodadas da Super Liga da Indonésia, Marquinhos explicou que o Arema busca se recolocar entre os protagonistas do país. Ele destacou que o clube atravessa um processo de reconstrução e que essa evolução passa por ajustes internos, revisões metodológicas e fortalecimento estrutural.
— A expectativa é positiva. Entretanto, o clube vem retomando o seu espaço entre os grandes. Já há uma evolução. Revemos conceitos e protocolos internos para que possamos voltar a nos equiparar às equipes de maior investimento econômico e orçamento da Super Liga da Indonésia — afirmou Marquinhos.
O treinador também analisou o estilo de jogo predominante no país. Ele observou que a competição se caracteriza por intensidade, força física e transições constantes, um cenário que exige adaptações no trabalho diário. Marquinhos destacou ainda que a ampliação do limite de estrangeiros por clube aumentou o nível técnico e acelerou o desenvolvimento tático das equipes.
— Trata-se de um futebol bastante físico e de muita transição. Os jogadores locais apresentam certa qualidade técnica. Com a possibilidade de inscrição de mais estrangeiros neste ano, o nível subiu, dizem alguns profissionais que já estavam aqui. Vejo com potencial para crescimento tático, tornando-se mais organizados dentro das partidas — analisou o técnico
Intercâmbio de ideias e impacto dos estrangeiros no Brasil
Por fim, Marquinhos comentou a situação do mercado de treinadores no Brasil e avaliou que a presença de técnicos estrangeiros contribuiu para elevar o nível do jogo no país. Antes das declarações, o treinador ressaltou que a concorrência saudável e a troca de metodologias impulsionaram uma evolução coletiva entre os profissionais brasileiros.
– Creio que vem retomando um caminho de aprimoramento dos profissionais. Há excelentes treinadores no Brasil, capacitados e em constante evolução. A integração com os técnicos estrangeiros nos obrigou a buscar novos conceitos do nosso esporte. Isso fez com que a qualidade do produto, o jogo em si, melhorasse. Entendo como uma troca muito boa e satisfatória — opinou Marquinhos Santos.
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