O encontro entre Real Madrid e Rayo Vallecano, neste domingo (9) promete ser um dos mais carregados de tensão da atual edição de La Liga. Se há uma semana o clima era de estabilidade em ambos os lados da capital espanhola, agora o cenário é completamente diferente: o Rayo vive um turbilhão interno e o Real chega pressionado por atuações recentes abaixo do esperado.
O Rayo Vallecano atravessa dias turbulentos após uma sequência de eventos que abalaram a confiança do elenco e da comissão técnica. A boa fase – seis partidas invicto e cinco vitórias seguidas – terminou com um duro revés: a goleada sofrida por 4 a 0 diante do Villarreal. O resultado expôs fragilidades até então escondidas e abriu espaço para o surgimento de fissuras internas.
A situação piorou na quinta-feira, quando uma vitória de virada, que poderia ter servido para recuperar o moral da equipe, acabou marcada por um atrito entre o técnico Íñigo Pérez e o lateral Iván Balliu. O episódio gerou desconforto público e dominou o noticiário esportivo espanhol, colocando em dúvida o ambiente do vestiário.
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A crise de imagem do clube também foi alimentada pelo vídeo publicado pelo Lech Poznan, que exibiu imagens da precariedade do bairro de Vallecas, gerando forte repercussão internacional. O episódio irritou torcedores e dirigentes e criou uma sensação de instabilidade geral às vésperas do confronto contra o gigante madrilenho.
Apesar disso, Íñigo Pérez tenta manter o grupo unido, afirmando que não houve desrespeito da parte de Balliu contra o treinador, e completando que ambos tem uma "amizade muito profunda". Para o duelo, ele deve ter à disposição praticamente todo o elenco, com exceção de Luiz Felipe e Mumin, lesionados de longa data.
Real Madrid sobre pressão
No Real Madrid, o clima também está longe do ideal. A derrota para o Liverpool, em Anfield, deixou marcas profundas e reacendeu a percepção de que a equipe de Xabi Alonso ainda está distante dos principais projetos da Europa. A análise interna do clube foi dura, e a imprensa espanhola destacou a dependência do goleiro Courtois, responsável por evitar uma derrota mais pesada na Inglaterra.
Além do desempenho preocupante, o Real encara o duelo com um elenco desfalcado. O meio-campista Tchouaméni, peça central no sistema tático de Alonso, sofreu lesão e está fora do jogo, assim como Rüdiger, Carvajal e Mastantuono. É a primeira vez desde que o treinador assumiu o cargo que o time entrará em campo sem seu principal volante.
Apesar das ausências, o Real Madrid lidera La Liga com cinco pontos de vantagem sobre o Barcelona e manterá a ponta mesmo em caso de tropeço. Ainda assim, o técnico sabe que qualquer resultado que não seja uma vitória em Vallecas colocará o clube em mais um ciclo de críticas. "Não tenho queixas sobre a atitude", afirmou Alonso, em tom contido, após o revés na Champions League.
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