Um dos homens de confiança de Guido Pizarro, Rômulo, ex-Internacional, ganhou espaço no Tigres UANL, do México, e se consolidou como um dos pilares do meio-campo da equipe. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o jogador relembrou a montanha-russa que foi sua carreira: dos primeiros passos no profissional por equipes menores, passando pelo Chile, ao brilho no Internacional e à chegada ao México.

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Brilhando do Tigres, Rômulo passou por diversas etapas no futebol nacional e internacional. O jogador começou sua carreira no Desportivo Brasil, teve uma passagem pelo Cruzeiro e a primeira experiência internacional no La Serena, do Chile. Entretanto, o sonho de jogar fora do país foi abruptamente interrompido pela pandemia, o que o levou a ter suspeitas de depressão.

– Fiz meu primeiro contrato profissional no Desportivo Brasil com uns 17 anos. Depois fui para o Cruzeiro, joguei no Sub-20 e fiz alguns jogos do profissional na época do Mano Menezes. Estava perto de subir em definitivo, mas o Mano acabou sendo demitido, e minha situação ficou indefinida. Recebi ofertas do Huachipato e do La Serena, no Chile, e escolhi o La Serena por acreditar que teria mais minutos e daria um salto para a Europa. Infelizmente, a pandemia atrapalhou o projeto e acabei ficando mais tempo no Chile do que esperava. Fiquei sozinho por muito tempo, o que gerou altos e baixos, e alguns pensaram que eu estava com depressão. Graças a Deus, tudo se ajeitou e consegui minha vaga como lateral-direito, me mantendo na posição por quase um ano e meio – disse o jogador.

– Demorei um pouco pra me adaptar no Chile. Até por que fui com a intenção de ficar pouco tempo e ganhar mais minutagem no Profissional e a pandemia acabou me desanimando muito e acabei indo a outro rumo. O bom disso tudo foi que consegui ganhar muita maturidade como pessoa, consegui agregar uma posição a mais no meu currículo futebolístico e também aprender o espanhol, que me ajudou na chegada ao México – completou o meio-campista

Rômulo em ação pelo Tigres UANL (Foto: Reprodução/Instagram)

Após se consolidar no Chile, Rômulo chamou a atenção do Juventude e voltou ao Brasil. Mais perto da família, sua volta, no entanto, não ocorreu como planejado. O jogador passou por "infelicidades" na equipe gaúcha, perdeu espaço e seguiu para o Athletic Club. Em uma equipe com investimentos menores, o jogador conseguiu demonstrar seu talento, chamando a atenção do Internacional e, posteriormente, do Tigres.

– Depois, tive uma oferta para voltar ao Brasil, no Juventude, mas não me dei bem com certas pessoas lá e acabei 'desaparecendo' do time. Conversamos e decidimos ir para o Athletic disputar o Mineiro e a Copa do Brasil. Essa fase no Athletic me fez mudar meu ponto de vista sobre os cuidados e a dedicação que um atleta precisa ter. Como o clube não tinha a melhor estrutura, percebi que o esforço teria que partir de mim, o que me tirou da zona de conforto. Por isso, digo que foi o Athletic que me ajudou a dar essa virada na minha carreira. Graças ao que aprendi, tive minha linda passagem pelo Internacional e hoje estou no Tigres. Nunca duvidei da minha qualidade, mas faltava um 'algo a mais', e foi no Athletic que eu adquiri essa mentalidade – afirmou o jogador.

Rômulo ganhou projeção nacional com o Internacional

Após passagens por cinco clubes no início da carreira, Rômulo conseguiu, enfim, se consolidar no futebol nacional pelo Internacional. O jogador chamou a atenção da equipe colorada e foi comprado em definitivo. Pelo clube, Rômulo vestiu a camisa 72 vezes, sendo, até então, a equipe em que mais jogou em sua carreira.

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Na entrevista, o jogador demonstrou carinho pelo Internacional, falando que, mesmo longe da equipe, ainda acompanha o clube. A decisão de deixar o time foi dolorosa, mas a oportunidade de mudar a vida pessoal e da família pesou para a ida ao México.

— Tenho um carinho enorme pelo Inter. Foi muito difícil aceitar a proposta de sair. Ganhei paixão pelo clube e pela camisa; no meu último dia, eu mal conseguia falar para não chorar. No entanto, recebi uma proposta muito boa para mim e minha família, que me levaria a outro patamar. Gostei da ideia de vir para outro país e me provar mais uma vez. Eu ainda mantenho contato com várias pessoas do time e acompanho todos os jogos do Inter — afirmou Rômulo.

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