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Conmebol retira de hotel placa que é símbolo da ‘era dos subornos’

Um dia após sorteio, entidade se livra da lista de nomes de ex-dirigentes

Foto: Igor Siqueira
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A Conmebol resolveu se livrar de mais uma lembrança dos tempos sombrios de corrupção que tomaram conta da entidade. Uma marca já clássica para quem conhece o hotel da entidade, em Assunção, ganhou a lixeira como destino. Trata-se da placa feita em 2011, por ocasião da inauguração do prédio, na qual foi escrita os nomes de todos os dirigentes do futebol sul-americano. Ou seja, uma conexão que a entidade quer apagar.

Dos 11 dirigentes listados (a começar pelo ex-presidente Nicolás Leoz), oito foram presos e indiciados no escândalo de corrupção descoberto pela Justiça dos Estados Unidos. Um já morreu (o argentino Julio Grondona) e dois estão livres, sendo um deles Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, repetidamente citado como participante do esquema. Só quem saiu ileso disso tudo, sem ter sido envolvido no FifaGate, foi o uruguaio Sebastián Bauzá.

A placa era um mural da vergonha, que mantinha sempre presente no ambiente a referência aos cartolas que embolsaram propina na negociação de direitos comerciais e de transmissão das competições sul-americanas.

A retirada da placa se deu nesta quinta-feira, um dia após o sorteio da Libertadores e da Sul-Americana. No espaço já deserto, já que a maioria dos dirigentes já tinha tomado o rumo de casa, dois funcionários foram flagrados pelo LANCE! enquanto faziam o serviço.

O espaço não ficará vazio e será ocupado por uma nova placa. Saiu a lista de dirigentes e entrou uma mensagem, já com a nova identidade visual da Conmebol. O texto é um recado ao hóspede. "Nos enche de orgulho recebê-lo na casa do futebol sul-americano. Neste lugar grandes estrelas, jogadores, treinadores e amantes do futebol de todo o mundo se encontraram para mostrar sua paixão, cumprir o sonho e acreditar no grande", foi o recado, em tradução livre. Creer en Grande, inclusive, é o slogan da "nova Conmebol", que repete o mantra de "cuentas claras".

A placa não é a primeira memória do passado que a Conmebol apaga. A entidade, por exemplo, já tinha trocado, em fevereiro de 2016, o nome do Centro de Convenções no qual realiza eventos e sorteios. De Nicolás Leoz para Centenário da Conmebol.