A cerimônia da Bola de Ouro foi realizada nesta segunda-feira (22), em Paris, na França, e premiou diversos jogadores e associados ao futebol. Porém, durante o evento, os representantes do Brasil ficaram de mãos vazias e sem o reconhecimento devido nas categorias individuais.

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O desprestígio da revista para com o Brasil foi a posição de Raphinha, um dos principais concorrentes ao prêmio da Bola de Ouro e que ficou apenas na quinta colocação, o que gerou polêmica nas redes sociais. O atacante brasileiro foi o jogador com mais participações diretas em gol na última temporada, com 61 contribuições. Mesmo assim, ficou atrás de Lamine Yamal, do mesmo clube e que ficou perto de superar Ousmane Dembélé, o vencedor da premiação.

A nível de comparação, Yamal teve 41 participações diretas em gol, o que equivale a cerca de dois terços de seu companheiro de Barça. Apesar da larga diferença, a escolha da France Football foi manter o brasileiro não só atrás da joia catalã, mas também de nomes como Vitinha e Mohamed Salah, que tiveram menos impacto que Raphinha ao longo da jornada.

Lamine Yamal e Raphinha comemoram gol marcado pelo Barcelona sobre o Como (Foto: Divulgação)

Mesmo com números melhores que na temporada em que ficou na segunda colocação da Bola de Ouro, Vini Jr ocupou apenas a 16ª colocação na lista da revista francesa. O jogador brasileiro, em 58 jogos, teve 22 gols e 16 assistências, cinco contribuições a mais que em 2023/24. Entretanto, a falta de títulos de expressão pesou na escolha dos votantes.

Na esfera feminina, as jogadoras Marta e Amanda Gutierres, e o técnico Arthur Elias também concorreram a prêmios. O comandante fez história com mais uma final olímpica e com o título da Copa América, conquistado sobre a Colômbia. Porém, a vencedora foi Sarina Wiegman, treinadora da Inglaterra, que ergueu o troféu da Eurocopa. Ou seja, o peso dado por uma revista europeia ao torneio europeu foi superior ao sul-americano.

As atletas, por sua vez, terminaram em colocações compreensíveis. Única jogadora fora do eixo Europa/EUA, Amanda ficou em 21º pelo grande trabalho com o Palmeiras e com a Seleção Brasileira, já que foi artilheira da Copa América. Já a Rainha foi listada na 12ª posição, mas poderia ter ido além com os feitos alcançados: campeã da liga americana, melhor jogadora e campeã do continental de seleção.

Marta é eleita melhor jogadora da Copa América (Foto: Rodrigo BUENDIA / AFP)

Os outros brasileiros que concorriam a prêmios eram Estêvão e Alisson. Porém, enfrentaram concorrência grande de Lamine Yamal e Gianluigi Donnarumma, vencedores dos troféus Kopa e Yashin, respectivamente.

Por fim, o Botafogo concorreu ao prêmio de Clube do Ano, que foi vencido pelo Paris Saint-Germain, de forma coerente e justa. Porém, em uma jornada marcada pelas conquistas da Copa Libertadores e do Brasileirão, o comandante da equipe a época, Artur Jorge, não foi cotado entre os treinadores do ano, preterido por outros que venceram apenas um campeonato nacional, como Antonio Conte, do Napoli.

Diante do posto, o europeu tem mais peso que o sul-americano, até mesmo no âmbito de seleções, onde, na teoria, as tratativas deveriam ser equalizadas. E nesta construção, quem carrega o verde e amarelo nas veias é prejudicado e vê o Velho Continente arrastar o ouro. Ou melhor, a Bola de Ouro.

Artur Jorge comandou o Botafogo em 2024 (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

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