Jogando fora de seus domínios, o Fluminense derrotou o América de Cali, por 2 a 1, e construiu uma boa vantagem para o segundo jogo das oitavas de final da Conmebol Sul-Americana. O atacante Cannobio e o lateral Candelo (contra) marcaram os gols tricolores, enquanto o atacante Barrios descontou para os colombianos no final da partida.
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No início da segunda etapa, o atacante Everaldo recebeu um cruzamento na medida, na entrada da pequena área e acabou perdendo uma chance clara de ampliar o placar. O narrador Tiago Leifert não perdoou o gol perdido pelo camisa 9.
- Pelo amor de Deus, Everaldo. Não pode, Everaldo. Sozinho, inteiro no lance. Não é possível, completamente livre. O Fluminense pede uma grande oportunidade - narrou Tiago Leifert.
Com esse resultado parcial, o Fluminense vai garantindo uma boa vantagem para o jogo de volta das oitavas de final, na próxima terça-feira (19). A bola rola às 21h30 (de Brasília), no Maracanã. Um empate garante a classificação tricolor para a próxima fase.
Como foi América de Cali x Fluminense?
O Tricolor iniciou a partida sofrendo. O time colombiano chegou pelo lado esquerdo do Fluminense três vezes nos primeiros cinco minutos. Aos três minutos, o América conseguiu uma finalização perigosa. A bola passou debaixo das pernas do Fábio.
Mesmo sofrendo, o Tricolor contou com a ajuda dos adversários para abrir o placar. Aos seis minutos, com uma falta despretensiosa, na altura do meio campo, pela ponta direita, Samuel Xavier tentou achar Serna na área. O zagueiro Candelo botou para dentro, traindo o goleiro, que tentou sair para buscar a pelota. Uma trapalhada da defesa adversária. O Fluminense só tinha Kevin Serna na área do América.
Durante a parada do gol-contra, Renato Gaúcho aproveitou para ajustar as linhas de defesa time, que passou a ser menos agredida pelos colombianos. Aos 14 minutos, Canobbio aproveitou a confusão dos zagueiros, após o tiro de meta de Fábio, pegou a sobra, e mandou um tiro de bate-pronto, sem chances para o goleiro.
A vantagem de 2 a 0, antes dos 15 minutos, mudou totalmente o clima da partida. A torcida do América, que transformou o estádio em um caldeirão no início, e ajudou os colombianos a pressionar o Flu, já não cantava da mesma forma. O Tricolor conseguiu diminuir os ânimos e manter o controle do adversário. Mesmo assim, o time de Renato não deixou de subir as linhas quando achava que podia complicar a saída de bola dos donos da casa.
Do segundo gol até o fim do primeiro tempo, o jogo parecia estar em looping. O Fluminense não fazia questão de atacar. O time parecia ter consciência de que o América de Cali não teria qualidade para levar perigo ao gol Tricolor. O Fluminense, porém, não dava qualquer segurança de que não tomaria gols. O sistema defensivo, liderado por Manoel e Freytes, deram um show de falta de entrosamento. O time cedia chances, mas conseguia proteger o gol de Fábio. A impressão que ficou foi de que se o adversário fosse um pouco melhor, o placar teria terminado diferente.
No segundo tempo, o Fluminense entrou determinado a matar o confronto. Logo no primeiro minuto, Everaldo recebeu sozinho para finalizar de cabeça, mas a bola passou raspando na trave esquerda do goleiro. Do outro lado, o América de Cali não conseguiu mais oferecer perigo a meta de Fábio. Os colombianos pareceram focar em não deixar o placar ficar mais elástico. Esse panorama só começou a mudar depois de quase 20 minutos da segunda etapa.
Com o 2 a 0 mantido, o time da casa passou a ter mais coragem para atacar o Fluminense, e assim o fez. Nesta altura, porém, a defesa do Fluminense já estava mais ajustada e conseguia conter melhor os avanços do América. Com o passar dos minutos, a pressão dos donos da casa foi aumentando. Fábio começou a ser mais exigido e obrigado a fazer boas defesas. Até que, aos 47 minutos, Barrios diminuiu a vantagem do Fluminense, recebendo cruzamento pela esquerda da defesa tricolor, setor que sofreu na primeira etapa.
A boa notícia do segundo tempo foi a estreia de Luciano Acosta. O jogador, que veio da MLS, ajudou o Tricolor a ter um pouco mais a bola, controlando melhor o jogo e contendo as chances de avanço do adversário.